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Córdoba (Agência Fides) – Grupos paramilitares locais estão ameaçando os camponeses que vivem no departamento de Córdoba, no norte da Colômbia, para que abandonem o mais rápido possível a região circunstante ao lago artificial criado pela diga URRÁ I, deixando assim espaço para a construção de uma segunda diga às concessões minerárias e ao narcotráfico. Esta área, definida Alto Sinù, é um dos patrimônios mais ricos da Colômbia pela presença de minas de ouro, carvão, níquel e ferro, além de ser uma das maiores bacias hídricas de toda a América Latina. A construção da segunda diga e as vozes da iminente ampliação do Parque nacional natural de Nudo Paramillo, que envolveria essas mesmas áreas, faz nascer interesses econômicos enormes para empresas multinacionais colombianas e estrangeiras. A denúncia foi feita pelos voluntários da “Operação Colomba”, ligada à Comunidade Papa João XXIII fundada por Pe. Oreste Benzi, que há pouco mais de uma semana se encontram no departamento de Córdoba para proteger algumas famílias da Comunidade de Paz de San José de Apartadò, que residem naquela região. Segundo informações enviadas à Agência Fides, a Comunidade é composta por cerca de 1.500 pessoas, espalhadas entre o departamento de Antioquia e o de Córdoba, que se uniram para resistir ao conflito armado colombiano de maneira neutral e não-violenta. A Comunidade pediu aos voluntários da Operação Colomba, que atuam naquela região há dois anos, de prolongar a própria permanência na região após o agravar-se da situação. Os paramilitares estariam de fato ameaçando os camponeses da região de realizar massacres indiscriminados ou de matar seus líderes locais, gerando pânico e preocupação, para obrigá-los a abandonar a região, algo que alguns já fizeram e outros estão prestes a fazer. Em especial, os pequenos vilarejos mais expostos são os de Alto Joaquin, Porto Nuevo, Las Claras, Nain, Taparito, Diamante, Manzo, Rio Verde, Baltazar. (SL) (Agenzia Fides 16/5/2011)
