ÁSIA/FILIPINAS - Retomar com vigor a campanha contra o “Documento sobre a saúde reprodutiva”, em nome de João Paulo II

Terça, 3 Maio 2011

Manila (Agência Fides) – A Igreja Católica, organizações pró-vida, associações e escolas cristãs, relançaram nas Filipinas a campanha pró-vida para bloquear a aprovação do “Documento sobre Saúde Reprodutiva”, recentemente renomeado “Responsible Parenthood, Reproductive Health and Population and Development Act”, que nos próximos dias será examinado pelo Congresso e que conta com a aprovação do Presidente das Filipinas, Benigno Aquino.
A campanha foi relançada em nome de João Paulo II, recordado como “promotor da defesa da vida”. Como referido à Agencia Fides, o Arcebispo de Manila, o Card. Gaudencio Rosales, organizou uma “Novena pela vida”, que se concluirá em 9 de maio, data na qual terá início a sessão de trabalho do Congresso para examinar e aprovar o documento. O Cardeal recordou Papa Wojtyla como “amante da vida” e “defensor da criança não nascida”, notando que nas duas viagens realizadas às Filipinas (em 1981 e em 1995), o Papa polonês reafirmou que “ninguém tem o direito de matar uma pessoa inocente”.
A “Coalizão para a Família e a Vida” recebeu um novo estímulo com a beatificação de João Paulo II, para uma ação mais eficaz na sociedade: em parceria com a rede de movimentos e siglas pró-vida denominada “Aliança cívica para a proteção da vida humana” lançou uma campanha de sensibilização para “salvar as Filipinas do aborto”. Os movimentos afirmam que dentre as medidas para a “saúde reprodutiva” e os programas de planejamento familiar, o Congresso poderá também introduzir no Documento o recurso ao aborto, hoje proibido pela Constituição (veja Fides 7/4/2011). Os ativistas recordam à Fides que o governo das Filipinas já recebeu cerca de 900 milhões de dólares de organizações como UNFPA, USAID, AUSAID para a aprovação do Documento, ocultando este dinheiro como “obtenção dos objetivos do Milênio e programas para aliviar a pobreza”. Em uma fase definida por muitos observadores como “paralisada” nas relações entre Estado e Igreja, depois da interrupção das negociações, Dom Antonio Ledesma, Arcebispo de Cagayan de Oro, propôs uma solução de compromisso afirmando que “o melhor modo de dizer ‘não’ ao documento sobre a Saúde Reprodutiva é dizer ‘sim’ a métodos naturais de planejamento familiar” que dão destaque efetivamente à paternidade e à maternidade responsáveis.
(PA) (3/5/2011)


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