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Uagadugu (Agência Fides) – Situação incerta em Uagadugu, capital de Burkina Fasso, onde uma reviravolta militar obrigou o presidente Blaise Campaoré a se refugiar em seu povoado natal (Ziniaré, localizado cerca de trinta km da capital) para depois voltar na manhã do dia 15 de abril, à sede presidencial. “Os disparos começaram por volta das 9h30 de ontem e prosseguiram até o final da manhã de hoje, também com a utilização de armas pesadas” – referem à Agência Fides fontes da Igreja local, que não desejam ser citadas. A se revoltarem foram os serviços da Guarda Presidencial. "Esse órgão deveria ser o mais leal ao presidente. Não haveria problemas relacionados ao não pagamento dos salários. Parece que o comandante da Guarda Presidencial foi acusado por seus subordinados de reter o dinheiro para o pagamento de seus salários. Por este motivo, foi incendiada a sua casa", explicam as fontes de Fides. A revolta começou na noite passada num quartel do complexo de cerca de vinte hectares do palácio do presidente, para depois e estender a outros quartéis entre eles o mais importante da capital. Esta é a segunda vez, em pouco tempo que os militares se revoltam. No final de março, na realidade, eles foram às ruas para protestar contra o aprisionamento de vários companheiros soldados, acusados de crimes sexuais e outros. "O presidente tinha encontrado todos os componentes militares e aparentemente o problema tinha sido resolvido" - lembram as nossas fontes. No centro da capital, a tensão ainda é alta e a maioria das lojas não abre suas portas por medo de saques, que ainda estão ocorrendo em diferentes pontos. Em fevereiro, os estudantes protestaram contra o assassinato de um companheiro pela polícia. (L.M.) (Agência Fides 15/4/2011)
