Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Seul (Agência Fides) – Um missionário cristão, cidadão americano, será processado na Coreia do Norte por “crimes contra a nação”. É Jun Young-Su, missionário leigo da Igreja de Orange County, na Califórnia (USA). Segundo informa a agência de imprensa oficial do regime, o missionário viajava no país asiático como empresário e realizou atividades religiosas e de proselitismo não autorizadas. O Departamento de Estado dos EUA pediu sua libertação por razões humanitárias. Seu caso recorda o de outro missionário americano, Robert Park, que entrou na Coreia do Norte no Natal de 2009 para chamar a atenção do mundo para os abusos dos direitos humanos e da liberdade religiosa no país, foi preso e em seguida, expulso. Para expressar solidariedade e proximidade espiritual ao missionário, os cristãos vão se mobilizar na “Semana de Oração pela Liberdade na Coreia do Norte, de 24 a 30 de abril, em todo o mundo. Lançada pela ONG americana “Open Doors”, que publica anualmente um relatório sobre a liberdade religiosa no mundo, os fiéis cristãos se unirão em oração, porque “Deus não fica em silencio e nós podemos interceder junto a Ele para que olhe com benevolência ao povo norte-coreano” – diz Open Doors em nota enviada à Fides. Entretanto, nos últimos dias, em Seul, a rede de organizações religiosas “Religious Solidarity for Reconciliation and Peace of Korea” pediu oficialmente ao governo sul-coreano que retome as operações humanitárias no Norte, em benefício da população que sofre de fome e desnutrição. Mais de 600 líderes religiosos budistas, cristãos e de outras crenças, assinaram e entregaram uma petição a Seul para que reabra imediatamente os canais humanitários. Segundo os líderes, a obra humanitária, totalmente independente de razões políticas, constitui um útil canal de diálogo e de contato aberto, graças ao qual é mais fácil discutir e resolver, indiretamente, também questões de natureza diplomática. (PA) (Agência Fides 14/4/2011)
