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Cidade da Guatemala (Agência Fides) – Com um documento publicado pela Conferência Episcopal da Guatemala (CEG), os Bispos convidam a participar ativamente das próximas eleições gerais de setembro para reforçar a democracia no país. O documento, assinado pelo Bispo de Suchitepéquez-Retalhuleu, Dom Pablo Vizcaino Prado, Presidente da CEG, e pelo Bispo de Santa Rosa de Lima, Dom Bernabé de Jesús Sagastume, Secretário da CEG, exorta os cidadãos a inscrever-se e a cumprir responsavelmente sua obrigação de voto, e convida os já inscritos a exercer seu direito e dever de votar de modo sério, livre, consciente e bem informado. A mensagem dos Bispos foi lida em todas as paróquias no domingo passado como parte do compromisso por uma preparação séria por parte da Igreja católica no pleito, voltado ao empenho dos católicos. Em sua mensagem, a CEG aborda o financiamento da campanha política e de seu início antecipado. “Mesmo ainda não oficialmente declarada, é surpreendente o número de outdoors publicitários, propagandas de partidos políticos e de potenciais candidatos, além de suas visitas a diversas comunidades do país, com as quais, de modo oficioso, a campanha foi aberta” – lê-se no texto. Segundo os Bispos, a falta de respeito pela lei demonstra a fragilidade do sistema eleitoral da Guatemala, e esta situação evidencia a irresponsabilidade de partidos políticos e de seus representantes. “Apresenta-se a imagem de pessoas que, mesmo desrespeitando a lei, querem chegar ao poder” – denunciaram os Bispos. O comunicado coloca ainda em discussão a fonte de financiamento dos partidos políticos no processo eleitoral: “ao observar os meios utilizados, nos perguntamos de onde provenha todo o dinheiro para financiar estas despesas”. O comunicado qualifica como "grave" a negativa dos partidos políticos em revelar as fontes destes financiamentos e recorda que “no passado, em campanhas eleitorais, circularam vozes, verdadeiras ou não, sobre a influência financeira do narcotráfico e de grupos de poder”. "No documento, os Bispos convidam as autoridades responsáveis do processo eleitoral a garantir a legalidade e a justiça dos resultados e que todas as atividades se realizem em um âmbito de não-violência e de respeito à lei”. (CE) (Agência Fides, 12/04/2011)
