ÁSIA/PAQUISTÃO - Caso de blasfêmia em Faisalabad: os advogados de Arif pedem a libertação imediata

Terça, 12 Abril 2011

Lahore (Agência Fides) – “Libertação imediata”: é o pedido dos legais de Arif Masih, cristão de 40 anos, preso em Faisalabad com acusação de blasfêmia. Graças à intervenção da “Fundação Masihi”, que assumiu oficialmente a defesa do caso, os advogados estão buscando resolver um caso que parece ambíguo. No entanto, a família de Arif foi transferida para Lahore por motivos de segurança. Esta é a reconstrução do caso, referida à Fides pela Fundação Masihi: o muçulmano Shahid Yousaf (vizinho de Arif) estava indo ao mercado quando viu pedaços de papéias na rua. Aproximou-se para recolhê-los e viu que eram algumas páginas do Alcorão. Perto dos papéis estava uma carta ameaçadora escrita em inglês. Então foi à Polícia de Sahianwala para denunciar contra os desconhecidos de blasfêmia. A polícia registrou o caso e depois de algumas investigações prendeu Arif que vive naquela mesma rua com outras famílias cristãs. Segundo muitos cristãos e muçulmanos locais, Arif é vítima de um complô organizado como vingança contra sua família, que recentemente venceu uma controvérsia por uma propriedade fundiária. Os legais da Masihi Foundation pedem à polícia para libertar Arif, visto que não existem provas contra ele e visto que a denúncia é contra desconhecidos: “Não podem prendê-lo sem uma denúncia contra ele e sem nenhuma ordem de um tribunal”, ressaltam à Fides. “Recorda-se – ressalta a Fundação – que a partir de 1986, 80% das denúncias de blasfêmia são provenientes de poucos distritos do Punjab central e foram perpetradas 43 execuções extrajudiciárias de homens acusados de blasfêmia. Na área de Faisalabad trabalham os chamados “grupos talibãs do Punjab” que, segundo alguns observadores, são responsáveis do homicídio do governador Salman Taseer e do Ministro católico Shahbaz Bhatti. (PA) (Agência Fides 12/4/2011)


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