Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
São Paulo (Agência Fides) – “Neste últimos meses, a vida se demonstrou mais exigente do que o normal” – diz à Agência Fides irmã Annamaria Fornasiero, das Missionárias da Imaculada (PIME), há tempos engajada no CENFIRC (Centro de Formação Irmã Rita Cavenaghi) na grande periferia Sul da metrópole de São Paulo, no Brasil (veja Fides 9/1/2010). “Iniciamos a escola em fevereiro e a maior parte das crianças de dois e três anos está vivendo pela primeira vez o impacto da separação da mãe e do ambiente familiar” – prossegue a missionária, citando as dificuldades que tem enfrentado neste período: “a colocação das crianças nas classes, novos professores a serem orientados, a troca de coordenadores pedagógicos, os desastres provocados pelo mau-tempo, (chuvas torrenciais e trovoadas que queimaram o motor do portão automático e provocaram incidentes que ainda hoje interrompem as duas linhas telefônicas)”. Passada a fase das emergências, irmã Annamaria quer retomar regularmente as visitas às famílias onde há doentes, que considera particularmente importantes para sua missão. O Estado garante poucos serviços de saúde, dos quais os doentes imobilizados não podem beneficiar. “O pequeno grupo da pastoral da saúde da paróquia São Francisco Xavier – explica a religiosa – tem como ideal a colaboração com todos os que se comprometem na promoção da vida. Seus membros, hoje, foram escolhidos como integrantes do Conselho de gestão do único posto de saúde de ‘Vila Missionária’, administrada pelo município e sede de atendimento médico da população. O Conselho, que se reúne uma vez por mês, é formado por representantes médicos, enfermeiros e pessoal administrativo do posto de saúde, além de um grupo de pessoas residentes na área”. A presença de membros da Pastoral da Saúde no Conselho de gestão trouxe diversos benefícios à população – destaca irmã Annamaria – como consultas médicas domiciliares aos doentes aleitados, consultas semanais aos doentes, a apresentação de novos casos que exigem assistência médica urgente; a organização de encontros específicos para as pessoas de ‘Vila Missionária’, especialmente membros da comunidade paroquial voltados à prevenção de doenças; a proposta de linhas de ação e de programas considerados importantes e, enfim, o controle sobre a realização destes programas. “O nosso caminho é certamente bonito e eficaz, conclui irmã Annamaria, mas sentimos que falta ainda muito para vivermos a espiritualidade do Cristo missionário, que se inclina sobre os doentes e sofredores para lhes doar a vida”. (AF/AP) (11/4/2011 Agência Fides)
