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Bombaim (Agência Fides) – Os cristãos do bairro “Byculla-Mazagaon”, município de Bombaim, reergueram uma cruz que havia sido abatida por tratores de operários públicos alguns dias atrás por ordem das autoridades civis do município. Como informado por fontes locais à Fides, hoje os fiéis, certos de seu direito, organizaram um encontro de oração liderado por pe. Anthony Charangha, e recolocaram a cruz, anunciando que farão o mesmo com outras três cruzes abatidas. Participaram do encontro A. Mathai, vice-presidente da “Comissão para Minorias Religiosas” do estado de Maharashtra, envolvido ativamente no recurso perpetrado pelos cristãos às autoridades civis. Mathai disse que “vista a existência de provas evidentes em favor, existe certamente o direito de reerguer a cruz”. Ontem, domingo, 6 de março, uma marcha guiada pelo cardeal Oswald Gracias, Arcebispo de Bombaim, reuniu milhares de católicos e pessoas de outras confissões ao redor da “Cruz de Maidan”, para protestar contra a demolição de pelo menos três cruzes no município de Byculla-Mazagaon. O cardeal informou que o Primeiro-Ministro do Estado o contatou, prometendo um encontro para resolver a questão. “Os governadores de vários estados da Índia estão demolindo estruturas religiosas, baseados no veredicto do Supremo tribunal, mas realizando uma demolição seletiva dos símbolos cristãos” – denuncia à Agência Fides Joseph Dias, ativista do “Christian-Catholic Secular Forum” (CSF), organizador da marcha de protesto. O CSF pede que o governo federal da Índia garanta uma política de igualdade na aplicação da lei, sem penalizar as minorias religiosas. As autoridades municipais de Byculla-Mazagaon afirmam que a demolição faz parte de um programa para melhorar a viabilidade do bairro, que prevê a eliminação dos lugares de culto construídos depois de 1964, abusivos porque impedem a ampliação das estradas ou foram construídos em terrenos destinados a serviços públicos. O programa prevê o abatimento de mais de 700 cruzes, mas os cristãos de Bombaim afirmam que a maior parte delas são muito antecedentes a 1964 e que, portanto, não podem ser demolidas. (PA) (Agência Fides 7/3/2011)
