Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Jacarta (Agência Fides) – Os episódios de violência e intolerância inter-religiosa que marcaram os últimos tempos (veja Fides 7/2 e 8/2 2011) “são ações programadas para distrair a atenção nacional e internacional do problema mais grave para a nação: a corrupção”. É o que explica à Agência Fides o jesuíta pe. Ignazio Ismartono, empenhado no diálogo inter-religioso e responsável durante anos pelo Centro de Crise e Reconciliação da Conferência Episcopal da Indonésia. O jesuíta informa à Fides que através de um fórum de organizações cristãs e muçulmanas, a sociedade civil está se ativando para sensibilizar as consciências, denunciar e empreender ações concretas para contrastar o fenômeno da corrupção que “preocupa quanto ou mais do que a violência”. Frequentemente ela é “alimentada especificamente para danificar a harmonia social e monopolizar a atenção da mídia e da opinião pública”, relegando ao segundo plano os escândalos e os problemas que tocam a cúpula estatal. Entre outras coisas, a corrupção – acrescenta pe. Ismartono - é um fenômeno que ao subtrair recursos destinados ao desenvolvimento, “é responsável pela pobreza e o mal-estar que contribuem para aumentar as tensões sociais”. Dentre as novas atividades lançadas pela sociedade civil indonésia neste campo, está o novo “Centro de coleta de dados contra a corrupção”, inaugurado em 13 de fevereiro em Solo, cidade na arquidiocese de Semarang (Java central), por um grupo de jovens empenhados em direitos humanos que aderem à associações de várias matrizes e confissões. Na cerimônia de inauguração do novo Observatório, estava presente Pe. Benny Susetyo, Secretário Executivo da Comissão para o Diálogo Inter-religioso da Conferência Episcopal, levando os augúrios dos Bispos, muito atentos à questão moral no país. “A Igreja – disse – promove a ética da transparência e tenta educar as consciências aos valores da honestidade, da dignidade, do dom e do serviço”. (PA) (Agência Fides 14/2/2011)
