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Lahore (Agência Fides) - A lei sobre a blasfêmia transfere o poder do Estado nas mãos de extremistas islâmicos: foi o que disse à Fides, a Comissão Episcopal de "Justiça e Paz" nd Paquistão, lançando o "alarme para o respeito da liberdade de consciência e de religião no Paquistão". O último caso causou perplexidade no país é a condenação de estudante muçulmano, na prisão por blasfêmia após uma queixa apresentada por um professor de sua escola em Karachi, por causa de frases escritas numa tarefa feita na classe. O caso provocou uma discussão mais aprofundada sobre a legislação controversa, que o governo paquistanês confirmou não queria abolir ou modificar. Peter Jacob, secretário executivo da Comissão, ressalta à Fides ter verificado crescentes preocupações na sociedade civil do Paquistão por causa da "democracia fraca, as leis discriminatórias, um inadequado sistema de educação pública, uma mentalidade feudal, a privação dos direitos dos cidadãos". Por outro lado, "uma interpretação restrita da soberania do Estado e o processo de islamização da Constituição feita na década de 70 e 80 provocou a subordinação dos direitos humanos ao poder dos clérigos islâmicos e alimentou a intolerância religiosa", disse ele à Fides. Por isto, observa Jacó, "reafirmamos que a liberdade de pensamento, de consciência e religião são as pedras angulares para a vida da nação". A Comissão, juntamente com muitas outras organizações da sociedade civil, reunidos na rede "Cidadãos para a Democracia" trabalhará para a "promoção dos valores democráticos, com base na soberania dos cidadãos". "Pedimos ao governo para condenar e combater qualquer forma de extremismo e intolerância religiosa, e adotar medidas concretas, leis e estratégias para erradicar o terrorismo", conclui Pedro Jacob. (PA) (Agência Fides 3/2/2011)
