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Manila (Agência Fides) - O Governo de Aquino disse que quer continuar o diálogo com os bispos, sobre o controverso projeto de lei sobre a política familiar e controle demográfico, que está sendo analisado pelo Parlamento. Fontes de Fides na Igreja filipina, que ontem ameaçou abandonar a mesa de negociação, esperam que "o diálogo continue pelo bem da nação". O governo enfatiza que o ministro da Saúde, Enrique Ona, está redigindo a bolsa do novo documento intitulado "Documento sobre a paternidade e maternidade responsável", que será apresentado ao Congresso, substituindo o anterior "Documento sobre Saúde Reprodutiva". O novo texto deverá apresentar informações sobre os métodos naturais e artificiais de contracepção, permitindo a liberdade de escolha.
Na terça-feira, 1º de fevereiro, os Bispos das Filipinas emitiram uma carta pastoral, assinada pelo presidente da Conferência Episcopal, Dom Nereo Ochimar, intitulado "Escolher a vida, rejeitar o documento sobre a saúde reprodutiva". A carta reitera o absoluto "não" ao documento, apontando os artigos da Constituição, onde ao Estado é reconhecido o dever de proteger a família, a mãe e o nascituro.
"Estamos num ponto de viragem para a nação", assinala a carta. "Diante de nós, existem diferentes versões do Documento sobre a saúde reprodutiva e do Documento sobre a paternidade e maternidade responsável, mas este documento, em todas as suas versões, porém, nos convida a fazer uma escolha: escolher a vida ou escolher a morte".
Os bispos ressaltam que este documento é uma forte ataque aos valores humanos, aos valores da cultura filipina e "não respeita o sentido mora". É ao invés, o produto de uma visão "secular e materialista", que está ganhando terreno na sociedade filipina.
A carta pastoral rebate todos os argumentos dos que defendem o documento: promover a anticoncepção e, portanto, contrária à vida humana; não reduz a taxa de abortos nem ajuda a prevenir a propagação da AIDS (já foi demonstrado nos países como a Tailândia que a distribuição de preservativos aumentou o número de casos de AIDS); não é o caminho certo para resolver o problema da superpopulação e da pobreza. Os Bispos pedem a imediata retirada da discussão do Congresso das Filipinas, exortando os legisladores a "considerem a dignidade conferida ao homem por Deus e o valor da vida humana". A Igreja, disse, está disposta a retirar a sua delegação da mesa de negociações com o Governo, se essas exigências não forem atendidas. (PA) (Agência Fides 2/2/2011)
