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Lima (Agência Fides) – Na conclusão de sua Assembleia plenária, a Conferência Episcopal Peruana publicou um documento que se propõe como reflexão para a comunidade, na iminência da consulta eleitoral para eleger o Presidente da República, em 10 de abril. O documento, cuja cópia foi enviada à Agência Fides, é intitulado “A serviço da dignidade humana e do bem-comum” e recorda que a dignidade da pessoa está no centro da preocupação social da Igreja. Diante do importante evento deste ano no Peru, os Bispos recordam que a Igreja acredita que o exercício da política seja um serviço à nação e portanto, os candidatos devem saber que este é o verdadeiro sentido de sua atividade. O documento afirma que “o exercício da democracia requer o respeito dos princípios éticos e morais vinculados à promoção do bem-comum”. Os Bispos relevam não ter alguma preferência eleitoral e reiteram que seu único dever é “orientar os fiéis em questões com implicações religiosas e morais que contradizem os ensinamentos da Igreja”. Neste sentido, acrescentam: “temos o dever de chamar a atenção para as propostas que atentam contra a lei natural, ao respeito da dignidade humana, a verdade, e a prática da justiça”. De modo especial, os Bispos destacam “o respeito e a defesa da vida desde sua concepção até seu fim natural”. No documento, lido pelo presidente da Conferência Episcopal Peruana, Dom Miguel Cabrejos, os Bispos recomendaram ao governo que leve em consideração a ecologia e o uso racional dos recursos naturais “consultando no momento oportuno as localidades e comunidades em cujo território são concedidas terras e licenças de exploração de recursos naturais”. A Igreja visa “prevenir futuros conflitos e atritos, que causaram tanta dor” (aludindo à revolta indígena de Bagua, onde dezenas de pessoas morreram em 2009, veja Fides 08/06/2009). Enfim, os Bispos recordam as palavras do documento de Aparecida, no n. 384: “É urgente a necessidade de criar estruturas para reforçar a ordem social, econômica e política, na qual não haja desigualdades e sejam dadas as mesmas possibilidades a todos. Igualmente, precisamos de novas estruturas para promover a autêntica convivência humana, para evitar a prepotência de alguns e facilitar o diálogo construtivo para o necessário consenso social”. (CE) (Agência Fides, 28/01/2011)
