ÁSIA/FILIPINAS - Aumenta a criminalidade. Os Bispos pedem o respeito à lei e garantias de segurança

Quinta, 20 Janeiro 2011

Manila (Agência Fides) – A criminalidade que aumenta e prospera; homicídios, sequestros, episódios de violência que emergem cotidianamente nas crônicas; o medo generalizado da cidadania: estes elementos preocupam seriamente os Bispos das Filipinas, que lançaram um alarme convidando o governo a empenhar-se no respeito da lei e da ordem, garantindo a segurança da população. Em um comunicado enviado à Agência Fides, os Bispos da região de Metro Manila assinalam o degrado da ordem na sociedade, a impunidade e o carente funcionamento da justiça. O Bispo de Kalookan, Dom Deogracias S. Iniguez, pede um inquérito para estudar melhor o fenômeno e encontrar soluções adequadas; o Bispo de Catarman, Dom Emmanuel Trance, ressalta que os homicídios e execuções extra-judiciais continuam a verificar-se no país, em meio ao “silêncio geral”. Segundo o Bispo de Puerto Princesa, Dom Pedro Arigo, presidente da Comissão para a Pastoral carcerária da Conferência Episcopal, “as raízes do fenômeno estão na cultura generalizada da impunidade e na ineficiência das forças de segurança”. Esta situação – convêm os Prelados – coloca em risco a paz e a harmonia social no país. Por isso, nota o texto, o governo deve realizar rapidamente a reforma dos corpos de segurança e das forças da ordem: pede-se ao presidente Benigno Aquino que faça da questão uma prioridade na agenda política nacional. Por sua vez, a Igreja se compromete em contribuir para conter o que certos observadores definem “desastre moral”, ou seja, a total ausência de educação das consciências dos cidadãos, que não hesitam em desrespeitar a lei, incrementar a corrupção e realizar atos criminosos. Além da vontade política, para combater o fenômeno ocorrem “a mobilização de baixo para cima e a reeducação das consciências na sociedade” – observam os Bispos. O governo Aquino herdou uma situação difícil: na última década, sob a presidência de Gloria Arroyo, aumentaram exponencialmente os homicídios extra-judiciais de ativistas de direitos humanos, jornalistas, magistrados, advogados, sindicalistas e religiosos. Em oito anos de governo Arroyo, foram certificadas 1.118 vítimas de execuções sumárias, 1.026 casos de tortura, 1.946 prisões arbitrárias, além de 30 mil agressões e 81 mil episódios de intimidações. (PA) (Agência Fides 20/1/2011)


Compartilhar: