ÁSIA/SRI LANKA - Assistência de emergência para deslocados e ex-refugiados tâmeis

Quinta, 20 Janeiro 2011

Colombo (Agência Fides) - Mais de 320 mil pessoas tâmeis sofrem por causa do deslocamento, enquanto 190 mil ex-refugiados, que voltaram para suas casas depois de ficarem em campos de refugiados - nos últimos estágios da guerra civil, terminada em maio de 2009 - estão em necessidade urgente de proteção e assistência: foi o que disse à Fides os jesuítas do Jesuit Refuges Service (JRS), engajados no norte e leste do Sri Lanka para acompanhar a situação que "hoje é muito pesada, porque dura mais de dois anos" – afirmam. Os jesuítas disseram à Agência Fides que, apesar da aparente pacificação "no norte e no leste do país ainda estão em vigor algumas áreas de Alta Segurança e os cidadãos dessas áreas continuam vivendo na precariedade, não sabem quando a emergência e a presença militar vão acabar e quando eles poderão voltar a uma vida serena". O JRS nota que, ainda hoje, após a paz alcançada, "o governo está investindo uma quantidade considerável do orçamento nacional em gastos militares e fornecendo poucos fundos para a assistência e a reinstalação dos refugiados do conflito. Ao mesmo tempo, as agências humanitárias que prestam assistência às pessoas deslocadas sofrem severas limitações e restrições em suas ações". Um dos problemas pendentes é o tirar as minas de inteiras áreas que durante a guerra foram espalhadas com explosivos mortais. Hoje, essas áreas são um sério perigo para o público: as agências de ajuda estão pedindo ao Governo, para agir com urgência, dando maior prioridade à reabilitação, para permitir o regresso dos refugiados das pessoas às suas casas. Mas, dada a situação, o acesso à alimentação, serviços sociais, educação, o transporte em muitas províncias continuam bloqueados, impedindo a retomada normal da vida civil. "Mesmo nos campos de refugiados estabelecidos pelo governo, ressaltam as ONGs que atuam no campo, as condições gerais de vida são inaceitáveis, marcadas pela pobreza, a falta de recursos básicos e serviços de saúde". (PA) (Agência Fides 20/1/2011)


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