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Bhubaneswar (Agência Fides) – “Foi um crime. Meu irmão estava com sangue saindo da boca, pernas e braços cruzados de modo estranho e as roupas rasgadas” – diz à Agência Fides Dushashan Pradhan, irmão do Pastor cristão pentecostal Saul Pradhan, 45 anos, encontrado morto em 11 de janeiro passado na aldeia de Pakala. Este vilarejo é no distrito de Kandhamal, no estado de Orissa, que desde 2008 é palco de massacres anticristãos. O Pastor foi encontrado morto em circunstâncias não claras, mas a polícia que está indagando sobre o caso disse que a morte “foi acidental e causada por congelamento”. A versão oficial ainda não foi confirmada pela autopsia, da qual aguardam-se os resultados. Como precaução, foram presos dois ativistas de um grupo radical hindu, as duas últimas pessoas vistas em companhia do Pastor. A família do Pastor desmente categoricamente a versão difundida até agora como causa da morte. Nimata, esposa do Pastor, declarou à Fides, em meio à dor: “Foi morto porque queria reconciliar cristãos e hindus da aldeia. Tentou fazê-lo até o fim, estendendo a mão inclusive àqueles que incendiaram casas de cristãos”. Pe. Manoj Kuma Nayak, sacerdote católico engajado na obra de reabilitação das vítimas dos ataques, visitou as aldeias em questão e observa, preocupado, que “a violência no distrito pode novamente explodir caso as autoridades não detiverem esta campanha de ódio”. Bipra Charan Nayak, representante da “Associação dos sobreviventes de Kandhamal”, também acredita que o Pastor foi morto por radicais hindus que “estão colocando na prática um plano sistemático para eliminar os líderes cristãos, rotulando estes homicídios como incidentes”. "O líder adverte e exorta as autoridades a garantirem a proteção adequada aos líderes cristãos”. (PA) (Agência Fides 17/1/2011)
