ÁSIA/MIANMAR - O Arcebispo de Yangun: a liberdade religiosa e a paz são decisivas para o futuro de Mianmar

Sábado, 15 Janeiro 2011

Yangun (Agência Fides) – “A liberdade religiosa e a paz são elementos fundamentais e valores decisivos para garantir um futuro próspero para Mianmar”: foi o que disse Dom Charles Bo, Arcebispo de Yangun, à Agência Fides, comentando a mensagem do Santo Padre "Liberdade religiosa, caminho para a paz", contextualizando a situação em Mianmar. Como referido à Fides , os conteúdos da mensagem foram ilustrados pelo Arcebispo aos fiéis católicos, bem como aos funcionários e representantes das autoridades estatais de Mianmar, durante algumas reuniões - como no dia do aniversário da independência de Mianmar onde o arcebispo foi capaz de traçar as perspectivas para o ano novo, expondo e atualizando as palavras do Papa. O prelado sublinha as palavras da mensagem: "Toda pessoa deve ser capaz de exercer livremente o direito de professar e manifestar individualmente ou em comunidade, sua religião ou crença, seja em público ou no privado, no ensino, na prática, nas publicações, no culto e na observância dos ritos. Isto, sublinha Dom Bo, é um princípio universalmente válido para toda a humanidade e todas as nações. O Arcebispo recordou que, no século XVII, segundo alguns colonizadores os cristãos impusera a conversão aos birmaneses nativos, dizendo que casos e histórias de "conversões forçadas" ocorreram na história do Cristianismo, mas também na histórias de outras religiões como o Islã ou o Budismo. Tais formas, assegurou, devem ser sempre deploradas e condenadas, tanto no passado e quanto no presente. Dom Bo observou que hoje os fiéis cristãos de Mianmar os símbolos e edifícios cristãos como cruzes deve ser removidas devido à influência de missionários budistas. O arcebispo também observa, na mensagem do Papa, "o apoio que cada comunidade religiosa oferece à sociedade, recordando que antes da nacionalização, em 1965, a Igreja Católica em Mianmar administrava no país muitas escolas e hospitais, com excelentes resultados e frutos: "Naquele tempo o sistema de ensino de Mianmar era conhecido e se destacou em toda a Ásia. Após a nacionalização, no entanto, foi fortemente empobrecido e deteriorado cada vez mais: É um fato inegável" Por este motivo a Igreja Católica espera que - sob a nova Constituição e de acordo com as autoridades do estado – possa ser novamente concedida a permissão para abrir e administras escolas e universidades privadas. Dom Bo salientou, enfim, a necessidade de melhorar continuamente o diálogo entre as instituições civis e religiosas, para contribuir juntos ao bem comum, ao progresso e à prosperidade da nação birmanesa. (PA) (Agência Fides 15/1/2011)


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