ÁSIA/IRAQUE - Aumentar as medidas de proteção, em particular para as comunidades religiosas e étnicas

Terça, 21 Dezembro 2010

Roma (Agência Fides) – Os cristãos de Mosul estão cada vez mais na mira de homens armados, como divulgado pela imprensa no Iraque, segundo a qual em novembro morreram pelo menos cinco pessoas. Notícias de seqüestros e assassinatos de cristãos em Mosul continuaram chegando também em dezembro. Dezenas de famílias cristãs fugiram de Bagdá, Mosul e Bassora, e encontraram refúgio no Curdistão iraquiano. São vários os testemunhos de cristãos iraquianos que fugiram para a Síria, a relatá-las uma organização cristã, Comissão da Igreja para refugiados iraquianos em Hassaké-al. No documento, publicado pelo Fundo Barnabé, outra ONG cristã, diz que os cristãos de cidades como Mosul "vivem dentro de casa". Eles são obrigados a ter longos períodos de ausência ao trabalho devido aos riscos que enfrentam, tanto em Mosul e em outras cidades. Universidades e escolas estão quase totalmente desprovidas de estudantes cristãos. Conforme relatado pela imprensa, tendo em vista o Natal, as autoridades iraquianas começaram a construir muros de concreto para proteger as igrejas em Bagdá e Mosul e controles rigorosos foram introduzidos na entrada. Os serviços religiosos foram cortados por medo de ataques. "Construir muros ao redor das igrejas é um sinal de que o governo falhou em fornecer segurança real", disse Malcolm Smart, diretor do Programa Oriente Médio e Norte da África de Anistia Internacional. A onda de ataques contra cristãos em Mosul, desde a invasão do Iraque em 2003 reduziu consideravelmente a população da comunidade, que então contava mais de 100 mil pessoas. Entre meados de 2004 e o final de 2009, foram registrados cerca de 65 atentados contra igrejas cristãs no Iraque. "Condenamos veementemente esses ataques contra civis iraquianos e fazemos um apelo ao governo para aumentar as medidas de proteção, em particular para as comunidades vulneráveis, religiosas e étnicas" – lê-se no apelo de Anistia Internacional enviado à Agência Fides. Os ataques têm aumentado desde 31 de outubro de 2010, quando um grupo armado tomou como reféns 100 pessoas numa igreja sírio-católica, em Bagdá, matando 40, enquanto as forças de segurança tentaram libertá-las. (AP) (21/12/2010 Agência Fides)


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