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Bogotá (Agência Fides) – Cerca de seis mil pessoas deixaram suas casas em uma aldeia no nordeste da Colômbia depois da afirmação do ministro do Interior de que em alguns dias, “ela não existirá mais”, pois está ameaçada de desaparecer sob uma massa de terra e lama. A soma entre o terremoto e a lama causada pelas fortes chuvas está ameaçando desde sexta-feira, 17 de dezembro, a aldeia de Gramalote, situada a cerca de 400 km a nordeste de Bogotá. Segundo o Coordenador da Comissão regional para os desastres (CREPAD), 2.700 dos 3 mil habitantes do centro histórico de Gramalote partiram para Cucuta, El Zulia e Santiago. Em menos de dois dias, mais de 400 casas desabaram e um número indefinido de moradias apresenta rachaduras ou lesões que as tornam inacessíveis. O saldo das vítimas das chuvas deste ano na Colômbia (que se intensificaram nas últimas semanas) já chegou a 281 mortos e 271 feridos, segundo um relatório publicado pela Direção Nacional de Socorro da Cruz Vermelha. O diretor desta Agência humanitária, Carlos Ivan Marquez, acrescentou que em consequência das chuvas, 68 pessoas estão dispersas e mais de 2,2 milhões estão sem-casa em todo o país. Este mesmo relatório indica o aumento do número de casas destruídas, que chegam a 3.100. Gramalote era uma pequena cidade na cordilheira oriental dos Andes, em território muito áspero e circundado por montanhas. Muitas desabaram e devoraram praticamente todo o território da localidade. O prefeito, Rafael Ángel Celis, pediu às autoridades apoio aéreo para evacuar os residentes. “Neste momento, Gramalote parece uma cidade-fantasma com ruas desertas. As casas desabam sozinhas, a terra se abre e em breve, a cidade pode desaparecer completamente” – disse. (CE) (Agência Fides, 20/12/2010)
