AMÉRICA/ESTADOS UNIDOS - O casamento precoce é uma forma de violência e um abuso dos direitos humanos: aumenta o empenho dos grupos de defesa das mulheres

Sexta, 17 Dezembro 2010

Nova York (Agência Fides) – O Senado dos Estados Unidos acaba de adotar o 'International Protecting Girls by Preventing Child Marriage Act', contra o matrimônio precoce de jovens menores, frequente causa de morte. Em muitos países em desenvolvimento, complicações relativas à gestação e ao parto são as principais causas de morte de moças adolescentes. As jovens obrigadas a se casar com 14 anos ou ainda menores têm 5 vezes mais possibilidades de morrer durante a gestação ou no momento do parto em relação às que se casam entre 20 e 24 anos. Além disso, o matrimônio precoce comporta um elevado risco de contágio de HIV/AIDS. Um estudo efetuado em jovens de 15 a 19 anos de Kisumu, no Quênia, indica que cerca de 33% das jovens casadas são soropositivas, contra os 22,3% de suas coetâneas sexualmente ativas, mas não casadas. Em todo o mundo, existem mais de 60 milhões de moças de 20 a 24 anos casadas antes de completar 18 anos. Os matrimônios precoces e forçados são considerados uma forma de violência contra as mulheres e uma violação de seus direitos. Segundo ativistas da International Women's Health Coalition, falta uma verdadeira educação, devem ser desmentidos mitos e preconceitos entre as muitas famílias que consideram suas filhas como um peso econômico, sem algum valor em comparação com os filhos homens. Certas famílias se preocupam que as filhas possam engravidar antes do matrimônio, e por isso, julgam o matrimônio precoce como uma salvação. Na Ásia, África e América Latina, a organização está engajada junto às comunidades locais para prevenir ou eliminar tais formas de matrimônio. Nos Camarões e na Nigéria, por exemplo, os parceiros do IWHC estão promovendo incentivos e campanhas para a abolição dos matrimônios precoces. (AP) (17/12/2010 Agência Fides)


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