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Lahore (Agência Fides) – “Estamos tristes e preocupados. Sentimos muita falta de Asia, os meus filhos choram e a procuram a cada dia. Hoje fazemos uma vida de pessoas perseguidas: estamos na mira de grupos extremistas e temos medo por causa de nossa vida. Estamos prontos para partir para a Itália ou para os Estados Unidos, assim que Asia for libertada”: foi o que disse numa entrevista exclusiva à Agência Fides Ashiq Masih, marido de Asia Bibi, que foi a Lahore graças à “Masih Foundation”, a Ong que está trabalhando em favor da proteção da família de Asia Bibi e que está cuidando da assistência legal para a mulher. Eis a entrevista feita com Ashiq Masih pela Agência Fides:
Sr. Ashiq, quais sãos os seus sentimentos hoje? E como estão os seus filhos?
Estamos muito tristes e provados por este absurdo fato. Sentimos muita falta de Asia, sobretudo as 4 crianças (uma quinta filha do casal é casada) sentem sua falta: choram e perguntam todos os dias pela mãe, querem que volte para casa. A Fondazione Masih tem cuidado de nós e agradecemos a fundação pelo apoio.
Quando encontrou Asia pela última vez? E o que disse a Asia?
Eu a vi, ontem, terça feira, na prisão. Encontrei-a triste, e muito preocupada pelos seus filhos. É uma mulher inocente que há mais de um ano está na prisão. Gostaria que esta história fosse terminada.
Tem confiança nas instituições do Paquistão?
Graças à Fundação Masih, estamos fazendo passos necessários em nível legal para acompanhar o caso de Asia e para a nossa proteção. O presidente e o governo se interessaram pelo nosso caso, compreenderam que Asia é inocente e expressaram preocupação, mas sofrem as pressões de grupos extremistas islâmicos. Agem segundo a lei, iremos adiante com o processo.
O senhor recebeu ameaças?
Muitos militantes islâmicos radicais nos ameaçaram. Vivemos num lugar seguro, mas com constante medo.
Vocês estão prontos para deixar o país?
Estamos prontos para fazê-lo, assim que a Ásia se libertar e esperamos que isso venha a acontecer logo. Se tivermos a oportunidade de nos mudar para a Itália ou Estados Unidos, faremos isso sem dúvida. Atualmente estamos muito preocupados com a educação das crianças e com a sua vida futura.
O que vocês diriam ao Santo Padre, que fez um apelo pela Ásia?
Agradecemos de todo o coração e queremos manifestar-lhe todo o nosso amor. Estamos muito felizes e confortados com o apelo que fez por nós, com a sua atenção com o caso da Ásia e todos os cristãos que sofrem no Paquistão.
(PA) (Agência Fides 1/12/2010)
