AMÉRICA/GUATEMALA - A Conferência Episcopal contra a pena de morte

Sábado, 20 Novembro 2010

Cidade da Guatemala (Agência Fides) – “A solução contra a violência está na realização de políticas de desenvolvimento social eticamente justificadas” - disse Dom Pablo Vizcaino Prado, Bispo de Suchitepéquez-Retalhuleu e Presidente da Conferência Episcopal da Guatemala (CEG). Dom Vizcaino Prado interveio na apresentação do comunicado do Conselho permanente da Conferência Episcopal intitulado “Não matar”, que reúne textos da doutrina da Igreja católica a respeito da pena capital.
A CEG está consciente do fato que a população está cansada de corrupção, de violência e da impunidade vigente no país; o que explica porque, depois da notícia de algum homicídio, particularmente cruel e grave, re-emerge a questão da pena capital”. “Convidamos o povo da Guatemala a criar uma verdadeira cultura da vida, que se oponha a anti-cultura da morte, através do nosso empenho cotidiano pela conversão, a reconciliação e a construção da verdadeira paz” – disse durante a coletiva de imprensa Dom Bernabé Sagastume, Bispo de Santa Rosa de Lima.
A declaração da Igreja católica criticou também a promoção da pena capital como propaganda política, pois o desespero dos cidadãos, devido à ineficácia do sistema judiciário, pode ser combatido aperfeiçoando o próprio sistema judiciário e não aplicando a pena capital – escrevem os Bispos. Esta é também uma preocupação da comunidade internacional (veja Fides 25/10/2010).
Na conclusão do documento, os Bispos da Guatemala apelam ao Congresso para que aplique o artigo 18 da Constituição, que confere ao próprio Congresso o poder de abolir a pena capital. O código penal da Guatemala, datado de 1973, prevê a pena de morte, e antes das duas execuções de 1996, já haviam sido executadas duas sentenças em 1982. (CE) (Agência Fides 20/11/2010)


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