ÁSIA/ÍNDIA - Calúnias contra um Bispo e Madre Teresa: condenação dos Bispos

Sexta, 17 Setembro 2010

Nova Délhi (Agência Fides) – O Bispo Raphael Cheenath, de Orissa, e o leigo católico John Dayal como "conspiradores" do assassinato do líder hindu Swamiji; Madre Teresa como uma pessoa que "usava a assistência social para fazer proselitismo" - são algumas das acusações contidas na um artigo publicado pelo semanário "Uday India" ("A aurora da Índia"), com sede em Délhi, que gerou confusão e desapontamento na Igreja indiana. O artigo, intitulado “Swamiji’s Murder And After" é assinado por Ashok Sahu, político indiano, conhecido por suas visões extremistas, do partido nacionalista hindu “Baratiya Janata Party”.
Segundo o autor, existem fortes suspeitas de que o Bispo e Dayal sejam os responsáveis pela eliminação do líder hindu. "São somente calúnias que quere difamar o nome do bispo, de Madre Teresa e da Igreja. Estamos surpresos porque não é a primeira vez que os movimentos extremistas hindus de direita fazem isto. São acusações são totalmente infundadas, que escondem motivações políticas", disse numa entrevista à Agência Fides Pe. Babu Joseph Karakombil, porta-voz da Conferência Episcopal.
"Lembramos que Swamiji foi morto pelos maoístas, conforme o resultado da investigação oficial e como os próprios maoístas admitiram. Creio que tais provocações querem continuar a manter viva uma campanha de ódio e de tensão em Orissa. São ditadas por razões puramente políticas, que estão instrumentalizando religião", observa o porta-voz.
Ashok Sahu, político próximo aos extremistas hinduístas, já foi preso pela polícia em abril de 2009 por ter feito publicamente em Orissa um discurso que incitava ao ódio religioso e ao confronto social.
Em Orissa, no distrito de Khandamal , "apesar dos problemas e as resistências ainda existentes, estamos na fase de retorno dos deslocados às suas casas. A Igreja, em colaboração com o governo local, está concluindo a construção de 3.000 casas para as pessoas deslocadas que só querem voltar a ter uma vida normal", concluiu Pe. Karakombil. (PA) (Agência Fides 17/9/2010)


Compartilhar: