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Machala (Agência Fides) – A Semana da Mobilidade Humana, que realizada no Equador, de 12 a 19 de setembro sobre o tema "Crianças e adolescentes e a mobilidade humana" e com o slogan "Procuro os meus sonhos", começou com uma grande marcha inaugurada com um grande cartaz onde estava escrito: "Para a mobilidade humana com direitos". A marcha partiu do Parco de Los Héroes da cidade de Machala, e chegou à Catedral de Machala, que fica perto da fronteira com o Peru.
Segundo informações enviadas à Agência Fides, a Semana da Mobilidade Humana 2010 visa atrair o olhar de todos para contribuir para a segurança e a defesa dos direitos das crianças e adolescentes envolvidos nos processos de mobilidade humana. Nestes dias serão realizadas celebrações eucarísticas, marchas, oficinas, fóruns de cinema, conferências, exposições culturais, feiras gastronômicas, mini campeonatos esportivos, com a participação da população local e da população envolvida nos processos de migração. Esta atividade se realiza há 16 anos e é promovida pela Pastoral Social da Caritas e pela Pastoral para os Migrantes do Equador.
Em 1º de setembro se realizou em Guayaquil, um encontro da Mobilidade Humana Equador-Peru, para partilhar experiências e planejar ações conjuntas para a promoção e a proteção dos direitos das pessoas em situações de mobilidade na região de fronteira Equador-Peru. Estavam presentes bispos, sacerdotes e agentes pastorais.
Entre 2000 e 2006, cerca de 900 mil equatorianos (na maioria jovem) deixaram o país em busca de um futuro melhor para si e suas famílias, enquanto o Equador recebeu pelo menos 450 mil colombianos que entraram no país, tanto de modo regular quanto clandestino. Estes últimos não registraram a sua presença por causa do medo, negligência ou para se tornar "invisíveis" a fim de salvaguardar as suas vidas. O Equador também acolheu cerca de 300.000 peruanos que chegaram à procura de um emprego melhor.
A Pastoral com os Migrantes é promovida à luz do espírito de Aparecida, onde se afirmou que "a realidade das migrações não deve ser vista apenas como um problema, mas também e sobretudo, como um grande recurso para o caminho da humanidade" (DA 413). (CE) (Agência Fides, 14/09/2010)
