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Cidade da Guatemala (Agência Fides) – Em dois dias, Guatemala sofreu danos comparáveis às conseqüências da passagem de uma semana da tempestade tropical Agatha, em maio passado. O governo de Álvaro Colom Caballeros decretou estado de emergência, pois o numero de desalojados passa de 40 mil. Guatemala é um país pobre, não possui meios nem verbas para reagir a uma tragédia de dimensões nacionais, como esta. Segundo um porta-voz da CONRED (Coordenação Nacional para a Redução de Desastres), o número de mortos aumentou para 45, mas este trágico balanço tende a se elevar, com o aumento do numero de dispersos. O porta-voz acrescentou que há 56 feridos graves, enquanto 11 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e outras 9 mil foram já alojadas em hotéis.
A tragédia na tragédia, como refere a imprensa local, verificou-se na rodoviária Panamérica (na altura de Totonicapán), onde um ônibus repleto foi pego pelas águas, com os homens do socorro, que tentavam reacender o veículo, em pane por causa da lama. Ao que parece, uma avalanche de lama carregou tudo e todos. Para muitos especialistas de previsão do tempo, indagados sobre o fato, a chuva intensa se deve ao fenômeno “La Nina”.
A Caritas Guatemala enviou à Agência Fides um relatório inicial sobre o desastre e um apelo por ajudas internacionais. De acordo com o documento, as áreas mais danificadas são Escuintla, Suchitepéquez e Retalhuleu, onde o governo decretou “alerta vermelho”. O relatório cita os danos mais graves: nas aldeias Cruz del Valle, San Cristóbal Acasaguastlán, El Progreso, são assinadas pontes desabadas. Há dois desabamentos de grandes dimensões no km 226 da estrada principal de Casillas, Santa Rosa, para Jalapa. Outros 8 são considerados graves, entre os quais os das áreas de San Juan Las Flores em Sansare, San Felipe La Tabla, que interditou completamente a estrada; outro em Vegona, La Unión. No departamento de El Progreso, houve desabamentos em Estación Jalapa, San Agustín, Acasaguastlán; La Línea, Guastatoya.
Nos vilarejos de Tablón de Cayur, Olopa, Chiquimula, o desastre obrigou todos os habitantes a abandonarem o local e as escolas foram danificadas. Na Colonia de San Rafael, o trânsito ficou interditado após o colapso da estrada de ingresso.
(CE) (Agência Fides, 07/09/2010)
