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Islamabad (Agência Fides) – Os três agentes humanitários mortos no vale de Swat entre os dias 24 e 25 de agosto em um ataque de grupos fundamentalistas islâmicos (veja Fides 27 e 28 /8/2010) têm nacionalidade americana, como informam fontes da Fides no local. A organização para a qual trabalhavam no Paquistão, empenhada no socorro aos desalojados por causa das inundações, é ainda mantida secreta por razões de segurança, mas segundo algumas fontes, em pouco tempo o governo paquistanês fornecerá mais detalhes sobre o episódio. De acordo com uma fonte da Fides em uma ONG paquistanesa, “o fato é que não se quer gerar pânico no mundo das organizações humanitárias e entre os doadores justamente neste momento de mobilização internacional, em que as ajudas necessárias para administrar a emergência estão começando a fluir”. Ainda segundo dados recolhidos pela Fides, há hoje no Paquistão cerca de 1.500 ONGs e associações estrangeiras empenhadas na assistência humanitária, enquanto antes das inundações, este número era de 200. “O episódio da brutal execução dos três voluntários pode reduzir o entusiasmo e inverter esta tendência” – nota a fonte. “Por isso, o governo e o exército paquistanês mantêm um estrito segredo sobre o ocorrido”. O porta-voz da sede das Nações Unidas no Paquistão, Maurizio Giuliano, disse à Agência Fides que “as buscas estão sendo feitas: não se pode confirmar nem desmentir a notícia. Continuamos a trabalhar para salvar milhões de pessoas”, explicando que 29 ONGs, das quais 10 paquistanesas e 19 internacionais, atuam em parceria com o Escritório da ONU no Paquistão para ajudas de emergência. Também a Caritas e outras ONGs afirmam que continuarão sua obra de assistência, mesmo que “com a necessária prudência”. Os outros voluntários feridos no ataque, informam fontes locais da Fides, foram transferidos para hospitais militares na área de Mingora, onde estão preservados dos contatos com o exterior. O sistema hospitalar do Paquistão é renomado por seus altos níveis de tecnologia, profissionalismo e competência. Fontes da Fides no mundo das ONGs paquistanesas indicam como prováveis responsáveis da tragédia grupos jihadistas locais ligados à rede “Tehreek-e-Nafaz-e-Shariat-e-Mohammadi” (TNSM), organização militante paquistanesa de orientação wahabita, declaradamente terrorista e proibida pelo governo em 2002, muito ativa no vale de Swat, mas também nos distritos de Dir e Malakand, na Província de Fronteira de Noroeste.
(PA) (Agência Fides 30/8/2010)
