ÁSIA/TURQUIA - A morte de Dom Padovese é um convite à unidade da Igreja e dos cristãos

Iskenderun (Agência Fides) – “O evento trágico da morte de Dom Padovese representa para a Igreja na Turquia um forte apelo à unidade e a superar a fragmentação. É também um apelo a reforçar o espírito ecumênico e a trabalhar sem parar pela unidade das confissões cristãs” – é o que diz à Agência Fides um sacerdote e missionário católico que vive e atua na Turquia há muitos anos. Ele pede para permanecer anônimo, por razões de segurança. “Hoje, sentimos um forte convite a desenvolver uma praxe pastoral no modelo iluminado daqueles que vivem de modo autêntico a sua fé, em um ambiente muçulmano, como Charles De Focault, que pode ser para nós uma preciosa fonte de inspiração” – continua o missionário.
Sobre a relação com o mundo muçulmano circunstante, o sacerdote nota que “na Turquia de hoje, se agitam forças islâmicas e nacionalistas abertamente hostis em relação à Igreja católica e a seus representantes”. O padre ressalta as dificuldades vividas pela comunidade cristã por causa do não-reconhecimento oficial e da falta de personalidade jurídica (que impede a propriedade de instituições e escolas) e dos obstáculos ainda existentes para o culto.
A este respeito, o missionário cita um exemplo: “A Igreja de São Paulo em Tarso, a cidade natal do Apóstolo dos Gentios, foi transformada pelas autoridades turcas em um museu, onde os cristãos podem entrar só se pagarem ingresso, e a Santa Missa pode ser celebrada quando reservada com dias de antecedência. Graças à mediação de Dom Padovese, a Igreja estava negociando a restituição do templo à comunidade cristã, mas isso ainda não ocorreu e não sabemos se realmente ocorrerá”.
“O homicídio de Dom Padovese – conclui – gerou medo, confusão, incertezas. Não perdemos a esperança e confiança na Providência”.
(PA) (Agência Fides 24/06/2010)