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Alagoas (Agência Fides) – Depois de dois dias de chuva sem trégua, que atingiu 21 cidades da Zona da Mata do vale do Paraíba e a costa norte do Estado, Alagoas conta pelo menos 32 mortos, cerca de 80.000 sem-teto e mais de mil dispersos. Algumas cidades foram quase completamente destruídas pela força das águas pluviais e pelo fluxo dos rios que transbordaram.
Na área de Maceió, a cidade de Rio Largo, atravessada pelo rio Mundaú, foi uma das mais atingidas. Segundo o Corpo de Bombeiros, cerca de 3.000 casas, situadas perto do rio, foram completamente destruídas. Além disso, cerca de 30 pessoas estão desaparecidas e mais de 15.000 são os sem-teto, alojados nas escolas públicas, nas academias e nas casas de parentes.
A imprensa local mostra os testemunhos dramáticos de pessoas que fugiram somente com a roupa do corpo. “Tive tempo de recolher somente meus documentos, um saco com os vestido e as crianças” – disse uma dona de casa, casada e mãe de cinco filhos, todos menores. Nesta área todas as 2.000 casas foram destruídas pela força do rio. As poucas casas que permaneceram de pé não podem ser utilizadas por ninguém. O nível do rio Mundaú abaixou levemente, mas a corrente é ainda forte.
No Estado de Pernambuco, onde foi declarado estado de emergência, em 53 municípios, 13 pessoas morreram e mais de 42.000 deixaram suas casas. Deste número, 18.000 foram acolhidas em estruturas públicas. No Alagoas, 19 pessoas morreram nos 22 municípios atingidos pelas enchentes e o número de deslocados supera os 58.000. Desde 1969, não se verificavam chuvas assim tão fortes naquela área. (CE) (Agência Fides, 22/06/2010)
