Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Monróvia (Agência Fides) – Uma importante operação antidroga realizada conjuntamente pelas autoridades estadunidenses e liberianas demonstra, mais uma vez, como a África ocidental está se tornando um ponto estratégico para o tráfico de cocaína sul-americana rumo aos mercados ocidentais. A operação destruiu uma organização que estava para enviar 4 toneladas de cocaína (num valor de mais de 100 milhões de dólares) aos Estados Unidos. A droga chegou à Libéria pela Colômbia. A prisão de 8 narcotraficantes (5 extraditados nos EUA) foi realizada em colaboração de
Fumbah Sirleaf, filho do Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf. Fumbah Sirleaf é Diretor da Republic of Liberia National Security Agency (RLNSA), o serviço secreto local, que os narcotraficantes procuraram corromper, junto ao seu vice, para favorecer a passagem da cocaína no país africano. Os dois oficiais liberianos fizeram de conta que aceitavam o dinheiro e infiltraram na organização criminosa e isso causou a prisão dos narcotraficantes. “Durante a última década, as organizações de narcotráfico com sede na América do Sul utilizam sempre mais freqüentemente os países que se encontram ao longo ou em proximidade da consta da África ocidental como pontos de chegada para a importação de grande quantidade de cocaína. A cocaína é depois distribuída na Europa ou em outras áreas da África. Usando aviões particulares e embarcações, estas organizações, que na maioria possuem sede na Colômbia e Venezuela, transportaram centenas de toneladas de cocaína, no valor de bilhões de dólares, na Guiné-Bissau Guiné Conakry, Serra Leoa, Togo, Mali, Gana, Nigéria e Libéria. Os traficantes de droga muitas vezes procuraram corromper funcionários públicos de alto nível com pagamentos em dinheiro e em drogas a fim de garantir a passagem segura, a estocagem e a distribuição da cocaína” – afirma um comunicado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre a operação realizada pela Drug Enforcement Administration (DEA) americana em colaboração com as autoridades liberianas. O governo liberiano reiterou que pretende lutar contra o narcotráfico. (L.M.) (Agência Fides 4/6/2010)
