ÁFRICA - Dez países africanos entre os mais pobres na busca de agentes de saúde: no Chade um médico para atender 20 mil pessoas

Terça, 1 Junho 2010

Nairóbi (Agência Fides) – Um dos objetivos do Milênio promovido pelas Nações Unidas em favor do Desenvolvimento diz respeito ao aspecto sanitário. Entre os maiores impedimentos para atingir os objetivos é a falta de médico em dez países do continente africano. De um elenco recentemente escrito emergem os primeiros 10 países africanos gravemente afligidos pelo problema. O Chade, que tem um doutor para cada 20 mil pessoas e somente quatro leitos nos hospitais para 10 mil, é um dos países com a pior assistência médica no mundo. O país precisa de 300% de agentes de saúde a mais.
No Burundi, onde a malária é responsável por 40% das consultas médicas e por 47% das mortes, existe um médico para 34.744 pessoas e duas enfermeiras para 10 mil. O governo oferece assistência materna e infantil, e cura aos soropositivos, mas no país faltam pessoas qualificadas. Na Etiópia existe um médico para 36.407 pessoas. Na Tanzânia, o Ministério da Saúde refere que em 2007 o país tinha 1.339 doutores, principalmente na região de Dar es Salaam, com um médico para cada 10 mil pessoas. Em muitas regiões a média inferior é 0.1 médicos pára 10mila pessoas.
O que piora a situação na Somália, atingida pela guerra civil durante duas décadas,contribuem as péssimas condições das rodovias e o número limitado de estruturas de saúde. De um estudo de 2009 realizado em três distritos do centro sul do país foram identificados somente 11 doutores para uma população de cerca de 600 mil pessoas, com 161 enfermeiros e assistentes enfermeiros e 32 agentes de saúde comunitários. Na Libéria existem somente 51 médicos e metade dos nascimentos são assistidos por um profissional de saúde especializado. A taxa de mortalidade materna é muito elevada, com 994 mães a cada 100 mil nascituros vivos.
Na Serra Leoa existem 3 médicos a cada 100 mil pessoas e são ajudados por médicos cubanos e nigerianos, enquanto o Maláui, tem somente dois médicos para cada 100 mil pessoas. No Níger existe 288 para 14 mil pessoas e vive a pior crise de saúde no mundo, piorada pela desnutrição que afeta o país. Cerca de 90% dos agentes de saúde estão nas cidades, e 40% trabalha na capital, Niamey. Enfim, um dos países mais pobres do mundo é Moçambique, que possui 548 médicos para uma população de mais de 22 milhões de pessoas. A estimativa de agentes de saúde previstos seria de pelo menos 23 médicos para cada 10 mil pessoas, contra a média atual de 13. No país, a instabilidade política e econômica causou o fechamento de mais de 50% dos centros de saúde públicos. (AP) (1/06/2010 Agência Fides)


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