Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Roma (Agência Fides)- Os representantes do Comitê Nacional de Transição (CNT, Parlamento provisório) e das principais formações políticas assinaram um acordo para construir um futuro democrático para o país e colocar fim a um período de incertezas e violências. É o que afirma um comunicado enviado à Agência Fides.
Vinte e dois políticos da Guiné se reuniram na Comunidade de Santo Egídio, em Roma, para discutir sobre a transição e o futuro de seu país e preparar as próximas etapas eleitorais, nesta semana de intenso trabalho.
Entre eles, o Vice Presidente do CNT, a diretora dos assuntos políticos do CNT e a presidenta da Comissão CNT para a reconciliação.
A Guiné está emergindo com fadiga da situação do pós-Golpe de Estado de dezembro de 2008. Após um ano de regime militar e um longo período de incerteza política com confrontos e vítimas, as forças políticas e sociais reunidas no CNT assinaram um acordo que coloca os alicerces para a transição pacífica e o retorno da vida democrática no país.
O Acordo prevê a divisão do poder nas instituições, no parlamento; a constituição de um governo de amplidão, a criação de um conselho nacional de reconciliação. As partes se comprometem em manter e favorecer um clima pacífico e rejeitar qualquer recurso ao ódio étnico, à violência, e à propaganda voltada a tensões. As partes concordam ainda em garantir eleições corretas e transparentes e a aceitar seus resultados. Está prevista a reforma das forças armadas, a indenização das vítimas de violações e um quadro de diálogo e concertação permanente.
No dia 28 de maio, prevê-se a assinatura do “Pacto de Roma”, que deve oferecer garantias à oposição por um período de 6 meses que decorre entre as eleições presidenciais e as legislativas.
(L.M.) (Agência Fides 27/5/2010)
