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Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “A noção de desenvolvimento humano pressupõe coordenadas precisas, como a subsidiariedade e a solidariedade, e a interdependência entre Estado, sociedade e mercado. Numa sociedade mundial, composta por muitos povos e por religiões diferentes, o bem comum e o desenvolvimento integral são conseguidos com a ajuda de todos. Nisto, as religiões são decisivas, sobretudo quando ensinam a fraternidade e a paz, porque educam a dar espaço a Deus e a ser abertos ao transcendente, em nossas sociedades marcadas pela secularização”. Foi o que reiterou o Santo Padre Bento XVI recebendo em audiência no dia 22 de maio, os participantes do Convenho promovido pela Fundação "Centesimus Annus-Pro Pontifice" sobre a relação entre “desenvolvimento, progresso, bem comum”.
“O bem comum é a finalidade que dá sentido ao progresso e ao desenvolvimento” – afirmou o Papa – que se limitariam somente à produção de bens materiais; eles são necessários, mas sem a orientação ao bem comum terminam por favorecer o consumismo, o desperdício, a pobreza e os desequilíbrios; fatores negativos para o progresso e o desenvolvimento”. Bento XVI evidenciou como seja de fundamental importância identificar “aqueles bens que todos os povos devem ter acesso em vista da realização humana”, reiterando como o “bem comum é composto de mais bens: como bens materiais, cognitivos, institucionais e por bens morais e espirituais, estes últimos superiores aos primeiros.
Em vista do desenvolvimento de toda a família dos povos, “é fundamental e prioritário”, são as palavras do Santo Padre, trabalhar para reconhecer a verdadeira escala de bens-valores: “São graças a uma correta hierarquia de bens humanos é possível compreender qual tipo de desenvolvimento deve ser promovido. O desenvolvimento integral dos povos, objetivo central do bem comum universal, não se realiza somente através da difusão de empresas, de bens materiais e cognitivo como a casa e a educação, por escolhas disponíveis. O desenvolvimento se realiza através do incremento daquelas boas escolhas que são possíveis quando existe a noção de um bem humano integral, quando existe um telos, um fim, e dessa luz se pensa e se deseja o desenvolvimento”. (SL) (Agência Fides 24/5/2010)
