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Kinshasa (Agência Fides) - “A política é o campo privilegiado para o exercício do apostolado e da caridade” – destacou Dom Louis Mbwol, Bispo Emérito de Idiofa, na República Democrática do Congo, no discurso de encerramento do quarto “Atelier National des Acteurs Politiques Catholiques”, organizado pela Comissão Episcopal para o Apostolado dos Leigos (CEAL) de 7 a 9 de maio. Dom Mbwol reiterou que o cristão engajado na política deve ser animado primeiramente pelo amor ao próximo.
Este ano, o encontro assumiu um caráter particular porque decorrem os cinqüenta anos da independência do País. Um aniversário que foi recordado por Irmã Claire Mbuyi Banza, escritora e coordenadora da Fundação “Rive Malula”, em seu pronunciamento, intitulado “Além do cinqüentenário, o desafio da cidadania responsável: da luta pelo triunfo dos valores ao rechaço à corrupção”.
“É hora – frisou a relatora – de responder à exigência de saber como o congolês cristão deve se comportar para servir ao País resistindo à corrupção”.
A coordenadora da Fundação “Rive Malula” quis superar a retórica da celebração do cinqüentenário sublinhando as dificuldades nas quais convive a população congolesa, em meio às enormes potencialidades do Congo. “Nosso País é definido como um escândalo geológico, mas o Congo está incluído na lista dos Países mais pobres e mais endividados do mundo. O rio Congo é um dos maiores da África, sem contar os lagos e outros rios, mas a maior parte das torneiras dos congoleses estão secas e deles, não sai água potável”.
Esta situação – recordou Irmã Claire Mbuyi Banza – deriva da carência de visão ética dos políticos. “Para governar, é preciso absolutamente ter um ponto de vista que olhe ao bem do povo que deve ser servido; é preciso possuir altas qualidades, ter amor pelo próprio País e seu povo”.
A Segunda Assembléia Especial para a África do Sínodo dos Bispos já havia evocado um apelo à santificação na vida política.
(L.M.) (Agência Fides 12/5/2010)
