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Antananarivo (Agência Fides) – Causou temor de golpe de Estado a advertência lançada pelo Chefe maior do exército ao presidente da Alta Autoridade de Transição Andry Rajoelina para que apresente até o fim de abril um plano detalhado a fim de fazer Madagascar sair da crise política na qual o país está combatendo há 13 meses. O general Andre Andriarijoana que apoiou Rajoelina contra o Presidente Marc Ravalomanana, apresentadas em março do ano passado com e com seu exílio, pediu também à administração Rajoelina um plano concreto para pagar os salários do setor público. “Convidamos os políticos a acabarem com as manifestações e participara da construção da nação”. “A intervenção do Chefe do Exército provocou vozes de um possível golpe militar, mas até o momento parece que os militares querem exercer uma forte pressão sobre os políticos a fim de acabar com a crise” – disseram à Fides fontes da Rádio Dom Bosco, a maior emissora católica de Madagascar.
No mês passado a União Africana impõs sanções miradas a Rajoelina e a mais de 100 de seus apoiadores. Também a União Europeia está tomando em consideração a hipótese de adotar sanções análogas. As sanções foram impostas para obrigar Rajoelina a aplicar os acordos assinados com os movimentos dos três ex- chefes de Estado Marc Ravalomanana, Didier Ratsiraka e Albert Zafy. Os acordos assinado em Maputo (Moçambique) em Adis Abeba (Etiópia) prevêem a criação de um governo de unidade nacional encarregado de levar o país às eleições. As negociações para a composição do governo de unidade nacional se bloquearam e Rajoelina decidiu proceder com a formação de um próprio governo e a realização de eleições sem se consultar com os outros movimentos.
“As palavras do General foram apreciadas pelo ex-presidente Ravalomanana e parece ter obrigado Rajoelina a buscar um acordo com o seu principal rival” – dizem as fontes de Fides. “Não foi ainda confirmado oficialmente, mas é certo 90% que se realizará um encontro entre Ravalomanana e Rajoelina que se realizará na África do Sul, em 24 de abril. Na noite de 14 de abril Rajoelina fará um discurso à nação e talvez confirmará o encontro”.
Também para o dia 14 está prevista a passagem dos poderes do Ministro da Defesa, Noel Rakotonandrasana, demitido por Rajoelina, ao Primeiro-Ministro, que assumirá o Ministério da Defesa. Rakotonandrasana firmo que não pretende deixar o cargo,criando novas brechas numa situação já confusa e complicada. (L.M.) (Agência Fides 14/4/2010)
