ÁFRICA/BURKINA FASSO - Ficha sobre o país

Sábado, 20 Março 2010

Roma (Agência Fides) – Burkina Fasso tem uma superfície de 286.451 km2 e uma população de 13 milhões de habitantes. O país que até 1984 se chamava Alto Volta, está localizado no norte da África. Faz confim com o Mali e o Níger; no sul com o Benin, Togo, Gana e Costa do Marfim.
No país convivem várias etnias. O grupo majoritário é o de Mossi (50% da população), depois seguem os seguintes grupos: Peuhls, Bellas, Gourmantchés, Foulsés, Dogons, Bissas, Kussasés, Yaambas, Mobas, Yarsés. A língua oficial é o francês.
História. O território do Estado atual era governado pelos Mossi desde o século XII. O seu reino desapareceu somente no século XIX, com a chegada da ocupação colonial. Colônia francesa em 1919, em 1958 assume o nome de Alto Volta, porque o país se localiza entre os três rios de Volta. Em 1960, o país a independência. A história recente do país é caracterizada por uma série de golpes de Estado, o último ocorreu em 1987, ano em que, depois da morte de Thomas Sankara (o Presidente que em 1984 mudou o nome do país para Burkina Fasso, que significa “República da Terra dos homens retos e justos”), Blaise Compaoré se auto-proclamou Chefe de Estado.
Situação política. Burkina Faso é uma República semi-presidencial, com uma Constituição inspirada na da V República francesa, que prevê além da Assembleia de Deputados do Povo, uma segunda Câmara, composta por categorias profissionais, sociais, religiosas e tradicionais. Estão representados os prefeitos, os jovens, as mulheres, os chefes tradicionais, e aqueles engajados na promoção dos direitos humanos.
O poder está nas mãos do Presidente Compaoré, reeleito pela terceira vez em 2005, e do partido por ele fundado, o Congrès pour la Démocratie et le Progrès (CDP).
Economia. O país é essencialmente agrícola. A maior voz de exportação é o algodão. A recorrente seca obriga um número sempre maior de camponeses emigrar na capital Uagadugu, a Bobo-Dioulasso, ou na vizinha Costa do Marfim.
A Igreja Católica. A evangelização de Burkina Fasso iniciou em 1900 graças aos Missionários da África (Padres Brancos),que fundaram a primeira missão em Koupéla. O ano sucessivo, em 1901, se foram para Uagadugu. Em 1925 foi aberto o primeiro seminário menor em Pabré e em 1933, o seminário maior em Koumi. Em 1942 foram ordenados os primeiros sacerdotes locais, entre eles o rer. Paul Zoungrana, Missionário da África, nomeado Arcebispo de Uagadugu em 1955, criado Cardeal em 1965, e morto no ano 2000.
Em 4 de setembro de 1955 foi instituída a Hierarquia e Uagadugu se torna sede metropolitana. Em 20 de janeiro de 1956 foi criada a diocese de Koupéla, primeira circunscrição eclesiástica da África francófona a ser confiada ao clero secular. O Servo de Deus João Paulo II visitou o país duas vezes, em 1980 e em 1990. No ano 2000 se realizou o Centenário de evangelização, junto com o Jubileu da Redenção.
Alguns dados sobre a presença católica: os católicos são 1 milhão e 809.000, distribuídos em 13 dioceses com 155 paróquias. Existem 19 Bispos, 662 sacerdotes diocesanos, 154 sacerdotes religiosos, 229 irmãos professos, 1.401 religiosas, 10.428 catequistas. A Igreja Católica administra 38 escolas de ensino médio com 2.643 alunos; 108 escolas de fundamental com 23.014 estudantes; 58 escolas de ensino superior com 19.876 estudantes. A Igreja Católica administra também 12 hospitais, 58 ambulatórios, um leprosário, 13 casas de acolhimento, 33 orfanatos (do último Anuário Estatístico da Igreja). (L.M.) (Agência Fides 20/3/2010)


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