ÁFRICA/CONGO RD - 18 anos atrás o massacre dos cristãos em Kinshasa: pedimos o advento da democracia

Quarta, 17 Fevereiro 2010

Kinshasa (Agência Fides) – A República Democrática do Congo recorda a chacina de 16 acontecidos em fevereiro 1992 que ocorreu em Kinshasa, capital do então Zaire. Naquele dia de 18 anos atrás a Igreja Católica e protestante tinham organizado uma demonstração pacífica a fim pedir a reabertura a conferência nacional soberana (CNS), o fórum do de discussão deveria abrir a maneira o caminho da democracia no país, governado até então pelo ditador de Mobutu. O programa da manifestação inspecionou que os participantes convergiram de suas paróquias até a de São José, ponto de partida da marcha pacífica de protesto. Mas aqueles que encontraram na parte oeste da cidade encontraram a rua fechada por homens da divisão especial presidencial (guarda pessoal de Mobutu), da guarda civil e dos estudantes do centro de treinamento das tropas transportadas via aérea, além dos homens armados não identificados. O mesmo aconteceu aos manifestantes provenientes do leste de Kinshasa. Os manifestantes não perderam o ânimo e desafiaram o carro blindado e as metralhadoras continuando a avançar entoando canções religiosas e orações. Embora o tiro de aviso, e as primeiras tentativas de dispersão da multidão, os manifestantes continuaram a caminhar em direção aos soldados, que estavam armados, na tentativa de alcançar o ponto do encontro perto da Igreja de São José. A repressão foi muito violenta: os militares atiraram na altura de uma pessoa e seguiram os fiéis que buscavam proteção dentro do lugar de culto. Somente a participação decidida do pároco impediu a tentativa dos soldados de tirar os corpos das pessoas mortas dentro da igreja, numa evidente tentativa de esconder as provas do crime.
Depois de 18 anos o país (que agora se chama República Democrática do Congo) presta homenagem às vítimas da repressão (cujo número permanece desconhecido), mortas ao pedir democracia. O dia 16 fevereiro de 1992 demonstrou a existência de uma sociedade civil congolesa que pedisse para participar à gerência do país. O RDC realizou suas primeiras eleições presidenciais democráticas em 2006, mas é necessário percorrer um longo caminho a fim de chegar a uma democracia amadurecida. (L.M.) (Agência Fides 17/2/2010)


Compartilhar: