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Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “Saibam que a Igreja os ama profundamente e não os abandona, porque reconhece no rosto de cada um de vocês o rosto de Cristo”. Foi o que assegurou o Santo Padre Bento XVI a “aqueles que se encontram na pobreza e na indigência” e encontram hospitalidade no Albergue da Caritas diocesana de Roma "Don Luigi Di Liegro" na Estação Ferroviária Termini, visitado na manhã de domingo, 14 de fevereiro. “O testemunho da caridade, que neste local encontra concretização especial, pertence à missão da Igreja, junto com o anúncio da verdade do Evangelho – disse o Pontífice em seu discurso. O homem não precisa somente ser nutrido materialmente ou ajudado a superar os momentos de dificuldade, mas precisa também saber quem ele é e conhecer a verdade sobre si mesmo, sobre a sua dignidade... A Igreja, com o seu serviço em favor dos pobres, está comprometida em anunciar a todos a verdade sobre o homem, amado por Deus, criado à sua imagem, redimido por Cristo e chamado à comunhão eterna com Ele. Muitas pessoas puderam redescobrir, e ainda hoje redescobrem, a própria dignidade, por vezes perdida em trágicos eventos, e redescobrem a confiança em si mesmas, e esperança no futuro”.
Aos voluntários que servem no Albergue, o Papa recomendou terem sempre diante de seus olhos e corações “o exemplo de Jesus, que por amor se fez nosso servo”, sermos “alegres testemunhas da infinita caridade de Deus, e imitando o exemplo do diácono São Lourenço, considerando os “amigos um dos tesouros mais preciosos de sua vida”.
Em seu discurso, o Santo Padre recordou que sua visita realizou-se no Ano europeu de luta à pobreza e à exclusão social, convocado pelo Parlamento Europeu e a Comissão Européia, e encorajou “não apenas os católicos, mas todo homem de boa vontade, em especial aqueles que detém responsabilidades na pública administração e nas diversas instituições e nas diversas instituições, a comprometerem-se na construção de um futuro digno do homem, redescobrindo na caridade a força propulsora para um autêntico desenvolvimento e para a realização de uma sociedade mais justa e fraterna”.
Enfim, depois de frisar que “o Albergue manifesta concretamente que a comunidade cristã, através de seus organismos e sem faltar à Verdade que anuncia, colabora utilmente com as instituições civis na promoção do bem comum”, o Santo Padre recordou que “em seu serviço às pessoas em dificuldade, a Igreja é movida unicamente pelo desejo de expressar a própria fé naquele Deus que é o defensor dos pobres, e que ama todos os homens por aquilo que são, e não pelo que possuem ou realizam. A Igreja vive na história com a consciência de que as angustias e as carências dos homens, dos pobres e, sobretudo daqueles que sofrem, são também discípulos de Cristo e por isso, no respeito das competências próprias do Estado, opera para que a cada ser humano seja garantido aquilo que lhe é de direito”. Concluindo o seu discurso, o Pontífice disse: “para Roma, o Albergue da Caritas diocesana é um lugar no qual o amor não é somente uma palavra ou um sentimento, mas uma realidade concreta, que permite que a luz de Deus entre na vida dos homens e de toda a comunidade civil”. (SL) (Agência Fides 15/02/2010)
