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Porto Príncipe (Agência Fides) – "Querido Dr. Alvelo, a agradecemos por ter escrito a mim este e-mail, mas sobretudo por ter-me ajudado a enxugar as lágrimas da impotência diante de uma devastação apocalíptica. A sua presença, junto a toda equipe de AMAR, me encheu de alegria, porque vocês chegaram onde ninguém chegou, ninguém, nem mesmo as câmeras da CNN. Vocês são os primeiros, e até agora os únicos, a chegar até Nazon/Coquillot para socorrer pessoas feridas e aquelas que esperam a morte ou a sorte. Com vocês cheto a sorte”.
Começa assim a carta – enviada à Agência Fides – que Pe. Anistus Chima, cmf, missionário Claretiano que trabalha em Porto Príncipe, escreveu ao Dr. Alvelo, que junto a uma equipe de AMAR foi a Nazon. AMAR (Aliança de Médicos para Resgate) reúne um grupo de médicos engajados numa missão médica internacional de emergência, que tinham trabalhado no Haiti antes do terremoto de 12 de janeiro e que agora chegaram a algumas áreas onde ninguém ainda chegou para prestar os primeiros socorros.
Segundo a imprensa internacional “Nazon é um bairro localizado ao longo de uma estrada que tem percurso irregular, que hospeda o mais virtuoso e extenso número de cadáveres a céu aberto da capital haitiana. O bairro era habitado por pessoas de classe média local, famílias de operários que se distinguem dos paupérrimos das bidonville para conseguir trabalhar, mesmo se ocasionalmente, e assim não serem obrigados a pedir esmolas para conseguir comer”.
Aqui chegaram os médicos de AMAR, e daqui enviamos os nossos testemunhos: “chegamos onde deveríamos chegar, ou seja, onde nos leva Jesus para encontrar os mais necessitados das estradas, na tristeza e na alegria de dar um abraço de solidariedade, um presente de saúde e de amor aos nossos irmãos do Haiti” – escreve o Dr. Alvelo, convidando também a ver as fotos colocadas na rede que ilustram a situação e convidam a solidariedade cristã. (CE) (Agência Fides, 28/01/2010)
