ÁSIA/CHINA - As Pequenas Irmãs de Santa Terezinha de Hebei (De Lai), uma pequena flor branca mas brilhante na missão chinesa de hoje

Terça, 26 Janeiro 2010

An Guo (Agência Fides) – O trabalho pastoral, a evangelização, o catecismo, o serviço social, principalmente sanitário e farmacêutico, são os principais empenhos da Congregação das Pequenas Irmãs de Santa Terezinha de An Guo (em chinês Pequenas Irmãs de De Lai) da província de Hebei, que conta hoje 46 religiosas ativas na comunidade local e em outras províncias com clínicas, um Centro para doentes de hanseníase, para deficientes mentais e idosos, em colaboração com a Jinde Charities. No período invernal de repouso dos trabalhos agrícolas, as religiosas organizam um Curso de Catecismo para trabalhadores rurais, crianças e estudantes. Segundo informações da Agência Fides, as religiosas se mantêm com o próprio trabalho de médicas, enfermeiras e farmacêuticas. Na realidade, An Guo é a capital farmacêutica chinesa há mais de mil anos, e o fundador das Pequenas Irmãs, o missionário lazarista Pe. Vincent Lebbe, soube desfrutar plenamente esta característica local como instrumento de evangelização, além de assegurar o sustento das irmãs, graças a seu serviço médico e às grandes competências no campo farmacêutico. As pessoas que moram na região, e outras, provenientes de fora, dirigem-se às clinicas e farmácias das irmãs porque elas “são competentes, gentis, cobram bons preços e têm medicamentos de ótima qualidade”. Depois da revolução cultural, a comunidade católica de An Guo, de 3 ou 4 pessoas, aumentou para centenas, graças ao compromisso missionário e caritativo das irmãs.
As religiosas jamais subestimaram seu carisma – liturgia e espiritualidade – fortemente impulsionado por seu fundador, Pe. Vincent Lebbe (1877-1940), missionário lazarista belga que doou a própria vida pela missão na China, tendo sofrido também injustas críticas. Grande promotor da inculturação e da evangelização, viu a consagração dos primeiros Bispos indígenas chineses, em 1926. Retornando à China, que definia como sua segunda pátria, fundou duas congregações religiosas, masculina e feminina: a Congregação de São João Batista, em 1927 e a Congregação das Pequenas Irmãs de Santa Terezinha de An Guo. Grande conhecedor da cultura chinesa, Pe. Lebbe escolheu o nome “De Lai” com grande delicadeza e sabedoria, unindo a missão cristã com a cultura chinesa: de fato, esta palavra, além de ter uma pronúncia semelhante ao nome de Santa Terezinha em chinês, é também uma síntese que indica a música litúrgica e uma profunda espiritualidade da formação, segundo o famoso e antigo texto filosófico chinês “Lun Yu”. As religiosas continuam a seguir a indicação de seu fundador: ser uma pequena flor, branca, mas brilhante na missão chinesa hoje, assim como Terezinha. (NZ) (Agência Fides 26/01/2010)


Compartilhar: