ÁFRICA/QUÊNIA - “A vida tem início com a concepção” afirmam os Bispos do Quênia, depois da proposta de alteração na constituição que afirma que a vida começa com o nascimento

Segunda, 25 Janeiro 2010

Nairóbi (Agência Fides) - “Conscientes do mandato divino de promover a cultura da vida e encarnar o direito inviolável à vida de toda pessoa, do momento da concepção até a morte natural, sentimos fortemente que não podemos pertencer a uma legislação que defende a cultura da morte” – afirmam os Bispos do Quênia em uma declaração na qual tomam posição sobre a proposta da Comissão Parlamentar para a Revisão da Constituição de modificar a clausula que define o momento do início da vida. Segundo a nova proposta, o início da vida não seria a concepção, mas o nascimento.
Esta proposta é vista pela Igreja Católica como propedêutica à legalização do aborto. “Inserir na Constituição uma clausula que transforma o momento do início da vida da concepção ao nascimento é uma derrota da razão e abre, sem dúvidas, o caminho para a legalização do aborto” – escrevem os Bispos.
A Conferência Episcopal do Quênia reafirma que o aborto é um “crime indescritível”, que representa o sinal de uma crise moral muito grave. Os Bispos afirmam que a Igreja sempre defendeu o direito à vida, desde a concepção até a morte natural, e destacam que qualquer tentativa de negar esta verdade é errado e enganoso. Por este motivo, os Bispos pedem que o artigo da Constituição sobre o direito à vida compreenda também a proibição da pena de morte e da eutanásia.
Anteriormente, a Conferência Episcopal apresentou ao Comitê de Especialistas, encarregado de preparar a revisão constitucional, um memorando sobre o artigo 35, que estabelece o direito à vida, que continha afirmações do mesmo teor. A Comissão Parlamentar para a Revisão Constitucional não inseriu a clausula proposta pela Igreja Católica no projeto.
(L.M.) (Agência Fides 25/1/2010)


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