ÁSIA/ÍNDIA - “Não à discriminação social dos dalit, segundo bases religiosas” - dizem os bispos

Sexta, 22 Janeiro 2010

Nova Délhi (Agência Fides) – Trabalho e educação devem ser um direito e uma oportunidade para todos os cidadãos indianos, sem discriminações e diferenças de algum tipo:é o que dizem ao governo os bispos indianos, lamentando um sistema que ao invés penaliza sobretudo os dalit cristãos. Num comunicado enviado à Agência Fides, a Conferência Episcopal da Índia falou mais uma vez sobre a questão da justiça social, deplorando a praxe de reservar privilégios no campo do trabalho e da educação, segundo a pertença a uma comunidade religiosa.
Pelo contrário, dizem os bispos, é preciso oferecer aos dalit, cristãos e muçulmanos oportunidade iguais de educação e de acesso aos serviços sociais essenciais, para uma fundamental questão de direitos social e econômicos, a ser garantidos a todos os cidadãos indianos.
A questão da igualdade de direitos civis para as minorias cristãs e muçulmanas, especialmente para os dali, há vários anos constitui “um cavalo de batalha da Igreja”: se pede a abolição de um decreto presidencial de 1950 que exclui os “sem casta” que se converteram ao cristianismo das quotas reservadas aos trabalhos como funcionários públicos. A mesma norma – que atinge também os que se tornaram muçulmanos – não vale para os dalit hindus, budistas ou sikhs.
Em dezembro de 2009 a Comissão nacional sobre as minorias religiosas e lingüísticas abriu uma histórica discussão sobre a proposta de modificação da lei, considerada “iníqua e discriminatória”: pela primeira vez o tema entrou na agenda de discussão do Parlamento indiano. Segundo os especialistas, seria preciso desmembrar o status de “sem casta” da religião e tornar a faixa social dos “Scheduled Castes”completamente independente do fator religioso, como já acontece para os “Scheduled Tribes”. (PA) (Agência Fides 22/01/2010)


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