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Abuja (Agência Fides) - Os Bispos da Província Eclesiástica de Ibadan denunciam com firmeza os recentes incidentes de Jos em um comunicado enviado à Fides, publicado na conclusão de seu encontro, realizado de 8 a 18 de janeiro.
“Nosso país, nos últimos meses, gastou uma enorme quantidade de tempo e de recursos em uma campanha de “rebranding” (ou seja, para melhorar a imagem do país em nível internacional) – escrevem os Bispos. “Recentemente, o governo, grupos e indivíduos criticaram duramente os Estados Unidos pela reação ao infeliz caso de Farouk Abdulmutallab, jovem nigeriano acusado de tentar cometer um terrível ato terrorista” – prossegue o comunicado. “Elevamos nossa vez para convencer o mundo inteiro de que não somos uma nação terrorista. Infelizmente, a recente crise religiosa em Jos, no estado de Plateau, demonstrou brutalmente nossa hipocrisia e inércia. Alguns extremistas que se definem muçulmanos agrediram os cristãos em suas casas e igrejas, incendiando e matando pessoas. Como nação, mais uma vez, fomos colhidos de surpresa e consequentemente, perderam-se vidas preciosas e propriedades”.
“É triste – continuam os Bispos – que eventos semelhantes, ocorridos no passado recente, não tenham sido estudados e enfrentados de modo convincente e não tenham sido tomadas medidas para preveni-los. Esta situação persistente não é de bom auspício para uma nação que pretende percorrer o caminho do desenvolvimento e da integração nacional”.
“Somos obrigados novamente a solidarizar-nos com as vítimas inocentes da crise atual e a rezar pelo descanso das almas dos mortos. Denunciamos todos os culpados desta conspiração vergonhosa contra um particular segmento de nossa nação e pedimos às autoridades competentes que intervenham com decisão, antes que os eventos precipitem. Pedimos também a todos os líderes religiosos que falem com coragem, denunciem e combatam o extremismo religioso e o fanatismo, onde quer que estejam. Maria, Mãe do Bom Conselho, interceda por nós a fim de que a Nigéria reencontre a unidade, a prosperidade, a força e o progresso nos anos futuros” – conclui o comunicado. (L.M.) (Agência Fides 20/1/2010)
