EUROPA/ALEMANHA - Cristãos perseguidos e violação da liberdade religiosa: 75/85% das perseguições em todo o mundo são relativas aos cristãos, segundo o relatório anual de ACS

Segunda, 7 Dezembro 2009

Munique (Agência Fides) – Como sempre no final do ano, a obra de direito pontifício “Ajuda à Igreja que Sofre” (ACS), recorda as situações em que vivem os cristãos em muitos países do mundo. Também hoje um grande número de cristãos são limitados em praticar livremente a sua religião. Berthold Pelster, membro da equipe que elabora o relatório sobre liberdade religiosa que ACS publica a cada ano, numa revista enviada à Agência Fides pelo departamento alemão de “Ajuda à Igreja que Sofre” traçando o balanço da situação.
“Cerca de dois bilhões de fiéis em todo o mundo são cristãos e o número cresce sobretudo nos países do terceiro mundo. Isto cria muitas vezes uma situação de concorrência em que outros grupos religiosos ou também políticos buscam limitar este crescimento”, disse Pelster referindo-se ao fato que 75-85% das perseguições religiosas em todo o mundo são relativas aos cristãos. O especialista da ACS recorda que, atualmente, “diminuíram as medidas opressivas contra os cristãos com base em ideologias ateístas” como o comunismo que se opunha a todas as religiões, enquanto que há “novas ideologias que dizem ‘sim’ à religião, mas somente a uma única religião” e recorda, nesse contexto, entre outras coisas, os países muçulmanos e a Índia, onde, em alguns estados, grupos radicais hinduístas conseguiram que fossem promulgadas leis “anticonversão”.
Em relação ao panorama sobre a situação mundial, Berthold Pelster recorda a situação no Iraque, cuja igreja, em sua opinião, é definida como uma “Igreja de mártires” e onde “o futuro do cristianismo é ameaçado de forma aguda”. Além disso, assinala que ocorreram muitos episódios de violência contra os cristãos, neste ano que se encerra, no Paquistão, Egito e Nigéria. “De modo menos intenso, há também preocupação com a situação na América Latina, onde governos neo-socialistas agem principalmente contra a Igreja católica”, assinala Pelster, recordando que “esses, de qualquer forma, são somente alguns pontos cruciais entre tantos”. No final da entrevista, Pelster alerta: “em qualquer caso, é preciso estar de olho em todos estes acontecimentos sociais, pois as limitações à liberdade religiosa, com frequência, são somente o primeiro sinal de grandes problemas sociais”. (MS) (Agência Fides 07/12/2009)


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