ÁFRICA/GUINÉ - “Quem comanda na Guiné?” se perguntam as fontes da Igreja local depois do atentado contra o Chefe da Junta Militar

Conakry (Agência Fides) - “A pergunta que devemos nos colocar neste momento é quem comanda na Guiné’ – afirmam as fontes da Igreja da Guiné, contatadas pela Agência Fides, onde no dia 03 de dezembro, o Chefe da Junta Militar, Moussa Dadis Camara, foi atingido por tiros disparados pelo seu ajudante de campo, Aboubacar Sidiki Diakité, detto Tomba.
“As vozes sobre as condições da Câmara dizem: ele teve feridas leves, ficou ferido levemente, ele morreu. Nestas condições não podemos fazer nenhuma avaliação, se não o fato de que também a hipótese mais favorável, parece certo que o Chefe de Estado no momento não é capaz de desempenhar suas funções. Surge então a pergunta sobre quem tenha assumido o seu lugar nesse momento” acrescentam as fontes da Fides que por motivos de segurança pediram anonimato.
Segundo notícias da imprensa, não confirmadas, o Presidente do Senegal, Wade, teria enviado um avião a Conakry para levar Camara a um hospital senegalês. “A única notícia certa é que a situação na Guiné está calma, mesmo que tenham aumentado os controles da polícia e os postos de bloqueio militar na capital, Conakry” dizem as fontes locais.
Aboubacar Sidiki Diakité é acusado de ter liderado, em 28 de setembro ,a sangrenta repressão (mais de 150 mortos) de uma manifestação da oposição no estádio de Conakry. Nestes últimos dias está na Guiné a Comissão de uma investigação da ONU encarregada de esclarecer o massacre. “Uma outra hipótese que circula neste momento na Guiné é que o atentado, verdadeiro ou presumido, tenha sido uma tentativa de se livrar de Aboubacar Sidiki Diakité, considerado um bode expiatório para o massacre de 28 de setembro; mas estas também são vozes que confirmam a confusão de informações em que vive o País neste momento” concluem as nossas fontes. Segundo alguns órgãos de imprensa, Aboubacar Sidiki Diakité ainda não teria sido preso. (L.M.) (Agência Fides 4/12/2009)