Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “O vosso compromisso de servir a verdade que Deus nos revelou participa da missão evangelizadora que Cristo confiou à Igreja: é portanto um serviço eclesial... É importante para todos, docentes e estudantes, não perder nunca de vista o objetivo a ser seguido, o de ser instrumento do anúncio evangélico”. São as recomendações que o Santo Padre Bento XVI dirigiu aos docentes e estudantes das Universidades Pontifícias de Roma e aos participantes da 23ª Assembleia Geral da Federação Internacional das Universidades Católicas, recebidos em audiência em 19 de novembro no final da manhã.
Recordando dois “significativos aniversários” - 30º da Constituição Apostólica Sapientia christiana e o 60º Aniversario do reconhecimento por parte da Santa Sé do Estatuto da Fédération Internationale des Universités Catholiques (FIUC) – o papa evidenciou “a função insubstituível da Faculdade eclesiástica e das Universidades Católicas na Igreja e na sociedade”. “O Concílio Vaticano II – recorda o pontífice – sublinhou na Declaração Gravissimum educationis, quando exortava as Faculdades eclesiásticas aprofundarem os vários setores das ciências sagradas, para ter um conhecimento sempre mais aprofundado da Revelação, para explorar o tesouro da sabedoria cristã, favorecer o diálogo ecumênico e inter-religioso, e para responder aos problemas emergentes no âmbito cultural”. Hoje existem mais de 1.300 Universidades Católicas e cerca de 400 Faculdades Eclesiásticas, espalhadas em todos os continentes, muitas delas surgiram nos últimos dez anos.
“A Constituição Apostólica Sapientia christiana, desde as suas primeiras expressões – prosseguiu Bento XVI – mostra a urgência ainda atual, de superar a distância existente entre fé e cultura, convidando a um maior compromisso de evangelização, na firme convicção que a Revelação cristã é um força transformadora, destinada a permear as maneiras de pensar, os critério de julgamento, as normas de ação. Ela é capaz de iluminar, purificar e renovar os costumes dos homens e de suas culturas”. O Santo Padre sublinhou também a necessidade para os cultores das disciplinas sagradas, considerar “os contatos com os outros campos do saber, para um frutuoso diálogo, sobretudo a fim de oferecer uma preciosa ajuda à missão que a Igreja é chamada a desempenhar no mundo... O homem, de fato, é incapaz de compreender plenamente si mesmo e o mundo sem Jesus Cristo: Ele somente ilumina a sua verdadeira dignidade, a sua vocação, o seu destino final e abre o coração a uma esperança sólida e duradoura”.
Em seu discurso o pontífice sublinhou que “o estudo das ciências sagradas não deve ser separado da oração, da união com Deus, da contemplação, ou então as reflexões sobre os mistérios divinos correm o risco de se tornar um vão exercício intelectual” e concluiu recordando que o “serviço que vocês desempenham é precioso para a missão da Igreja”. (S.L.) (Agência Fides 20/11/2009)
