ÁSIA/IRAQUE - Patriarca caldeu crítica os partidos políticos cristãos

Terça, 19 Janeiro 2016 política  

ankawa.com

Bagdá (Agência Fides) - Os representantes dos grupos políticos iraquianos ligados às várias comunidades cristãs “não conseguiram ao longo dos anos atender às aspirações legítimas de seu povo”, seguindo agendas restritas e se concentrando na tutela dos interesses pessoais ou de pequenos grupos. Assim o Patriarca caldeu, Louis Raphael I, quis denunciar os partidos inadequados e os ativistas políticos que afirmam representar as diferentes comunidades cristãs no cenário iraquiano, reiterando que, com as suas escolhas míopes, acabam por contribuir ao progressivo enfraquecimento da presença cristã no país devastado pelo terrorismo e rupturas sectárias.
A intervenção do Patriarca ocorreu na segunda-feira, 18 de janeiro, no primeiro dia do chamado “jejum de Nínive”, que precede de três semanas o jejum quaresmal e durante o qual, por três dias, os caldeus se abstem de comida e bebida da meia-noite até o meio-dia do dia seguinte, evitando durante os três dias de comer alimentos e condimentos de origem animal (veja Fides 12/1/2016).
Em particular, em seu discurso, o Patriarca condenou a fragmentação da ação política levada a cabo por ativistas e partidos que se referem às diferentes Igrejas e comunidades cristãs. Mesmo na última eleição, que teve lugar na Primavera de 2014, os ativistas políticos ligados às comunidades cristãs se apresentaram nas eleiçoes divididos em 9 pequenas listas.
O patriarca caldeu, em seu discurso de ontem, renovou seu apelo a todas as Igrejas e comunidades cristãs iraquianas a criar uma lista unificada de cristãos qualificados para concorrer às eleições em razão de sua competência profissional, para servir os seus irmãos perseguidos e o interesse geral do país. Se este apelo for deixado cair no vazio das outras Igrejas, o Patriarca Louis Raphael manifesta a sua intenção de favorecer a criação de uma lista política única que representa as instâncias das comunidades caldeias. (GV) (Agência Fides 19/1/2016).


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