ÁFRICA/QUÊNIA - EMERGÊNCIA AINDA DEVIDA A INUNDAÇÃO; O PAÍS SE INTERROGA: COMO EVITAR FUTURAS TRAGÉDIAS?

Quinta, 8 Maio 2003

Nairobi (Agência Fides) – Ainda está difícil traçar um balanço preciso do número das vítimas e dos danos provocados pelas inundações que atingiram o Quênia no final de abril. Até o momento, conta-se aproximadamente trinta mortos e um milhão de sem-tetos, mas muitas zonas ainda estão isoladas, não possibilitando a chegada dos socorros.
“A fase de emergência está iniciando, mas o país já se pergunta sobre como evitar futuros episódios deste gênero - afirmam fontes locais contatadas pela Agência Fides em Nairobi - O Quênia vive entre duas ameaças opostas: a estiagem e as inundações. Para afrontar estas duas emergências, é necessário uma política de abastecimento de água que até agora tem faltado. Os governos precedentes nunca formularam planos para a gestão dos rios e dos lagos, deixando o país numa situação difícil. Agora, o novo governo será obrigado a enfrentar a questão. Neste sentido, o último desastre poderá ser um estímulo para iniciar o estudo de uma política de abastecimento de água”. O crédito que este governo encontra a nível internacional deveria tornar mais fácil o encontro de capital necessário junto a instituições internacionais para implementar o plano”.
“Um plano de gestão do abastecimento de água – acrescentaram as fontes da Agência Fides – parece ser urgente, sobretudo ao ver campos alagados e sabendo que toda aquela água não será recuperada para o uso futuro, mas será desperdiçada. Por isso, a próxima emergência poderá ser a estiagem. Este é um dos paradoxos deste belíssimo país. Até agora somente algumas dioceses católicas iniciaram projetos para o fornecimento de água à população; tratam-se de projetos que, sem dúvida nenhuma, são meritórios, mas parciais. Somente o governo pode promover um projeto nacional de amplo respiro”.
(L.M.) (Agência Fides 07/05/2003 – linhas: 24; palavras: 294).


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