ÁSIA/IRAQUE - O Patriarca Caldeu a sacerdotes e religiosos que emigraram sem permissão: voltem para servir aos mais necessitados

Terça, 23 Setembro 2014

Bagdá (Agência Fides) – Um chamado peremptório a sacerdotes e religiosos que saíram do Iraque sem ter pedido e obtido o consentimento necessário de seus superiores foi lançado nesta segunda-feira, 21 de setembro, pelo Patriarca de Babilônia dos Caldeus, Dom Louis Raphael I. No comunicado, enviado à Agência Fides, o Primaz da Igreja caldeia deseja a todos de redescobrir "a alegria absoluta do serviço do Evangelho" e recorda que, devido à sua condição, os sacerdotes e monges não podem decidir "onde servir, como servir e quem servir", fazer escolhas de forma individualista, sem dar conta a ninguém de suas decisões. "Nós temos que viver e morrer no lugar onde Deus nos chama", repete o patriarca caldeu em sua mensagem. “Além disso - acrescenta – sacerdotes e religiosos não devem ter como aspiração a busca de condições de vida confortáveis, mas servir os irmãos seguindo Cristo, mesmo aceitando de levar a cruz, quando exigido pelas circunstâncias. Por esta razão, ninguém pode abandonar sua diocese ou comunidade religiosa, sem a aprovação formal do Bispo ou do seu superior, segundo o que foi reiterado por ocasião do Sínodo dos Bispos caldeus realizado em junho de 2013. Já naquela ocasião, para pôr fim a um costume que se difundiu nos últimos anos, o Sínodo dos Bispos caldeus realizado em Bagdá decidiu que nenhum sacerdote pode mover a sua residência de uma diocese para outra, sem o consentimento de ambos os Bispos.
Agora, após os trágicos acontecimentos que no norte do Iraque envolveram milhares de cristãos obrigados a abandonar suas casas antes do avanço dos jihadistas do Estado Islâmico (IS), o Patriarca Louis Raphael I chama todos os sacerdotes e religiosos caldeus que deixaram o Iraque e se transferiram para as comunidades da diáspora caldeia espalhadas pelo mundo, a regressarem ao seu país e se colocarem a serviço dos que mais precisam. O Patriarca, enfim, adverte que serão tomadas medidas disciplinares para aqueles que, dentro de um mês, não responderem ao chamado, relatando sua situação aos seus superiores. (GV) (Agência Fides 23/9/2014).


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