EUROPA/HOLANDA - Alarme Caritas: o verão dos “desastres humanitários” está enxugando os recursos dos organismos de ajuda

Segunda, 1 Setembro 2014

Amsterdã (Agência Fides) – “O verão dos desastres humanitários” está enxugando os fundos dos organismos assistenciais internacionais que logo não poderão mais se ocupar das populações atingidas no mundo inteiro pelas consequências dos conflitos sangrentos. O alarme, lançado pela Cordaid (seção holandesa que colabora com a Igreja) e depois pela Caritas Internacional, faz referência a “milhões de pessoas que na Síria, em Gaza, no Sudão do Sul e outras áreas de conflito estão esperando por socorro”, num momento em que também as grandes redes de intevenção humanitária como a Cruz Vermelha, Médicos Sem Fronteira e outras agências assistenciais da ONU não conseguem mais enfrentar os pedidos de ajuda.
“Junto com as crises na Síria, Gaza e Iraque”, lê-se no apelo, “existem guerras civis esquecidas na África Central e no Sudão do Sul”. A mesma seção holandesa da Caritas nos últimos tempos foi obrigada a modificar a destinação dos fundos para se ocupar de novas emergências, direcionando para os campos de refugiados espalhados na Síria e Líbano os recursos que antes eram destinados para a República Centro-Africana. O responsável pela Caritas Internacional para as emergências humanitárias, Albert de Haan, confirma as dificuldades crescentes encontradas nas coletas de fundos, sobretudo as destinadas a situações de conflitos esquecidos pela mídia global: “Estamos recebendo menos recursos”, explica de Haan em seu breve relatório consultado pela Agência Fides, “para fornecer ajuda ao Mali, Níger e outros países africanos marcados por conflitos. Estamos também ativos diante dos desastres ‘esquecidos’ que os meios de comunicação perderam o interesse, como os de Mianmar e da seca no Sahel. Também nestas regiões, os recursos disponíveis são insuficientes para cobrir o que queremos fazer”. Segundo o responsável da Caritas Internacional, “os cortes drásticos feitos pelos Governos nos últimos anos nos recursos destinados ao desenvolvimento e emergências estão agora provocando uma situação de grande dificuldade”. (GV) (Agência Fides 1/9/2014).


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